A Kari-Oca, que ocorre no âmbito das atividades da Cúpula dos Povos, reúne
povos indígenas das mais diversas regiões do planeta para discutir as
diretrizes do desenvolvimento sustentável da humanidade por meio de princípios espirituais.
Ontem (18), índios das Américas, Ásia, África, Oceania, Europa e ilhas do
pacífico assinaram uma declaração proclamando a importância da conservação da
cultura. O lema da aldeia construída na região de Jacarepaguá (RJ) pode ser
traduzido na frase de Marcos Terena, um dos idealizadores e realizadores do
evento: “Eu posso ser quem você é sem deixar de ser quem eu sou”.
Princípios como cooperação, consulta e guardiania são vivenciados
diariamente na Kari-Oca. “São princípios que os povos indígenas não diferenciam
do seu dia a dia, porque para nós a existência material não se separa da nossa
espiritualidade”, disse Ronald Pinto, da etnia Kaingang.
“Acreditamos que a Terra é um só país e todos somos cidadãos do mundo. Por
menor que seja a aldeia indígena, ela é parte de uma cidadania mundial que
dever ser respeitada em seus direitos, no direito à sua existência”, afirma
ele.
Ronald é membro da Comunidade Bahá’í do Brasil, que está representada nos
eventos ligados à Rio+20 com quase 30 delegados. “Além dos brasileiros, 21 delegados
bahá’ís de países como Grécia, Camarões, Canadá, Estado Unidos, El Salvador e
vários outros estão participando das negociações na Conferência oficial e na
Cúpula dos Povos”, informa ele.
A declaração será encaminhada amanhã (20) aos governantes do mundo que
se reúnem no Rio Centro durante a Rio+20.
Clique aqui e veja imagens da Kari- Oca.
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