Religiões, ONGs e poder público trabalharão juntos para enfrentar a discriminação e promover os direitos humanos
Milhares de balões brancos e azuis enfeitaram o céu da cidade do Rio de Janeiro na tarde de 2 de fevereiro, simbolizando um grande clamor pela paz no mundo. A cerimônia marcou a instalação do Grupo de Trabalho de Enfrentamento à Intolerância e Discriminação Religiosa para a Promoção de Direitos Humanos, que funcionará sob a égide da Secretaria do Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH/RJ). A meta do grupo é desenvolver um Plano Estadual para lidar com situações de preconceito religioso – temas que têm preocupado os fluminenses devido a várias manifestações de intolerância registradas nos últimos anos.
O GT é composto por 32 membros, sendo 16 representantes do poder público e 16 da sociedade civil organizada. Entre as religiões e tradições com assento no GT estão representações indígenas e ciganas, adeptos da Fé Bahá’í, Candomblé, Umbanda, judaísmo, cristianismo, islamismo, Hare Krishna e Marçonaria. A composição conta ainda com representantes do poder público estadual, OAB-RJ, Conselhos Regionais de Psicologia e Serviço Social, organizações ligadas aos direitos humanos e outros convidados. O evento ocorreu no Auditório Adauto Belarmino, localizado na Praça Cristiano Otoni.
A recém-empossada representante da Comunidade Bahá'í do Rio de Janeiro no GT, Dra. Inaê Estrela, destacou a importância do Grupo de Trabalho ser instalado neste momento, e em especial no Estado do Rio de Janeiro. “O fato de termos o primeiro GT desta natureza no Rio é certamente muito relevante, e deverá servir de exemplo para o restante do país”, afirmou a advogada bahá'í. “Trata-se da concretização das garantias fundamentais previstas na Constituição Federal do Brasil”, enfatizou.
O ineditismo da medida adotada pelo Estado foi destacado também pela Coordenadora-Geral de Diversidade Religiosa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Marga Janete Ströher, que esteve presente durante a solenidade. Além dela, compareceram ainda oDefensor Público Geral do Estado, Dr. Nilson Bruno, a presidente do Instituto de Desenvolvimento Cultural, Mãe Beata de Iemanjá, que representou os movimentos religiosos, o Secretário de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, e outras autoridades.
O secretário Rodrigo Neves lembrou que, nos próximos dez anos, o Rio de Janeiro será palco de grandes eventos internacionais. Para ele, o governo tem a responsabilidade de monitorar casos de intolerância. “A criação deste grupo é extremamente importante para que o poder público possa acompanhar esses casos de perto, bem como promover ações de esclarecimento à população para abolirmos de vez a intolerância religiosa no Estado do Rio de Janeiro”, ressaltou Neves. “Promover esse GT é mostrar para o mundo que o diálogo entre as religiões é possível”, afirmou.
Confira mais informações no portal do governo do Rio de Janeiro.
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