O espírito de fraternidade entre as religiões marcou o lançamento do livro de fotografias “Caminhando a Gente se Entende”, ocorrido no dia 23 de janeiro no auditório do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR), contou com a participação de diversas denominações religiosas, além da Chefe de Polícia Civil Marta Rocha e representantes do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A solenidade faz parte das comemorações pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21 de janeiro).
Cerca de 400 pessoas participaram da solenidade, cuja abertura contou com a apresentação de Marta Moniz, da comunidade bahá’í de Niterói, cantando orações e canções bahá’ís no único solo musical antes do lançamento da obra. Em seguida os convidados foram servidos de um coquetel e ainda assistiram a uma emocionante apresentação de dança dos orixás.
De acordo com a vice-coordenadora da Assembleia Espiritual Local dos Bahá'ís do Rio de Janeiro e membro da CCIR, Marilucia Ribeiro Pinheiro, “o ponto focal do evento realmente foi o excelente trabalho artístico de fotografias, no qual a Fé Bahá’í - como todas as demais religiões e grupos participantes - foi muito bem destacada.”
Registro histórico
A obra constitui um registro histórico das quatro Caminhadas em Defesa da Liberdade Religiosa realizadas na Praia de Copacabana, resgatando a memória fotográfica dos eventos, acrescentando depoimentos de alguns segmentos religiosos, bem como divulgando o traballho fotográfico de diversos profissionais.
Para Marilucia, o livro se destaca essencialmente “em sua diversidade de coloridos, indumentárias, performances e alegria em estar participando da Caminhada”.
O livro em si também é uma maneira de fomentar a liberdade religiosa, bem como as atividades propostas pela CCIR. A representante bahá’í ressalta que, na sua opinião, a unidade religiosa no Brasil será alcançada quando houver “respeito ao próximo, educação religiosa bem estruturada e sem proselitismo, e a divulgação imparcial de todas as religiões, seitas e correntes, para que as pessoas possam ter o livre arbítrio ao escolher o que abraçar para sua evolução espiritual”.
Para alcançar a este objetivo, Marilucia conta que a CCIR já está delineando outras atividades para o decorrer de 2012, assim como a 5ª edição da Caminhada. “A cada ano pretendemos colocar mais participantes e, para isso, particularmente, esperamos um maior número de bahá’ís vindos dos quatro cantos do país. Sabemos que é um sacrifício, por serem algumas horas de caminhada, mas é muito válido para fortalecer o ideal da liberdade religiosa.”
Colaboração - Caroline Dias
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