
As discussões apontaram que participação popular é um dos mecanismos para assegurar o acesso aos direitos humanos. Os palestrantes discutiram como tal acesso é limitado aos que dependem da terra, especialmente grupos mais vulneráveis como as mulheres e índios. A importância do protagonismo da sociedade para que cada indivíduo tenha acesso aos direitos universais foi ilustrado pelos palestrantes com a questão da reforma agrária: ela não é uma questão meramente daqueles que vivem na zona rural, mas também dos que vivem no meio urbano. Vivemos numa relação de interdependência e por isso é responsabilidade de todos assegurar que leis e deliberações de conferências nacionais sejam colocadas em prática, até nos rincões mais isolados do país.
O debate buscou priorizar a participação popular nas esferas de decisão e colocação em pauta de assuntos de interesse da sociedade em geral, como a realização do Plebiscito Popular pela limitação da propriedade da terra, um dos primeiros passos rumo a reforma agrária há anos reivindicada em lutas sociais.
O reverendo Luiz Alberto Barbosa, Secretário Geral do CONIC, falou da importância de se discutir direitos humanos na sociedade e a desigualdade na distribuição de terra no Brasil: “Que essa Conferência sirva de motivação para que o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra seja um sucesso em todo o país”, afirmou.
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Para a Comunidade Bahá'í do Brasil, a conservação, utilização e distribuição justa dos recursos naturais da terra é um dos elementos para que haja equilíbrio e harmonia entre os seres humanos, povos e nações, principalmente tendo em vista a relação de interdependência dos seres humanos com a terra, a água e o ar, e o fato de que estes recursos não obedecem limites geo-políticos. Dessa forma, as religiões do mundo muito tem a contribuir no processo global de compreensão da relação de interdependência e harmonia entre os seres humanos e o meio ambiente: é a partir de valores difundidos por todas as religiões, como a fraternidade e a solidariedade, que os indivíduos passam a entender como são protagonistas no processo da construção da paz mundial e assim buscam contribuir com causas que, em um primeiro momento, podem lhe parecer aquém de sua realidade, mas que na verdade, fazem parte de um movimento coletivo para o avanço da sociedade.

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