Marcha pela Paz Mundial e a Não-Violência já passou por todos os continentes, em mais de 90 países e 100 cidades, unindo pessoas e grupos diversos
O movimento que se iniciou na Nova Zelândia no dia dois de outubro deste ano e chegou ao Brasil no dia 16 de dezembro, tem por objetivo acabar com as guerras e a violência por meio da união de forças pacifistas e de não-violência mundiais. A marcha teve a data de início escolhida por ser o aniversário de Gandhi e por ter sido declarado pelas Nações Unidas como “Dia Internacional da Não-Violência”.
No Brasil o movimento já esteve em Recife, Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, e por onde passou, centenas de pessoas aderiram a proposta que, além das marchas, incluiu fóruns, encontros, festivais, conferências e eventos artísticos, esportivos, culturais e sociais. Daqui a marcha se dividiu em duas rotas para a Argentina, onde terá chegado ao fim no dia dois de janeiro de 2010. Uma rota seguirá por Assunção, no Paraguai; e a outra por Montevidéu, no Uruguai.
A marcha é uma iniciativa do Mundo sem Guerras, uma organização internacional impulsionada pelo Movimento Humanista, que trabalha há 15 anos no campo do pacifismo e da não-violência. O objetivo é mobilizar a sociedade e criar uma consciência global da necessidade da paz e de repúdio a todo tipo de violência (econômica, racial, psicológica, religiosa, sexual, etc.). As propostas da Marcha Mundial visam evitar uma futura catástrofe atômica pela superação da violência hoje, sendo uma exigência:
• o desarmamento nuclear em nível mundial;
• a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados;
• a redução progressiva e proporcional do armamento convencional;
• a assinatura de tratados de não agressão entre países; e
• a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos.
Na percepção bahá'í, a abolição da guerra não depende só de assinatura de tratados e protocolos. É necessária uma nova dimensão de comprometimento para a solução de questões que não costumam ser associadas à busca da paz, como a questão racial, dos extremos de riqueza e pobreza, e a resolução dos conflitos religiosos.
Para Marilucia Pinheiro, uma das representantes bahá'ís que participaram da Marcha Mundial no Rio de Janeiro no último dia 19, o movimento tem um significado marcante: “é um chamado para que todos reivindiquem seus direitos de viverem em paz e liberdade, unindo forças e compartilhando a responsabilidade que cabe a cada um”, diz ela.
“A chave da questão é reconhecer que o problema está associado com os princípios, com uma atitude espiritual ou moral, e é principalmente através da evocação dessa atitude que poderemos obter soluções duradouras”, afirma.
Para saber mais acesse http://marchamundial.org.br/ e www.theworldmarch.org (em inglês)
Para conhecer mais sobre a perspectiva bahá'í, leia o documento A Promessa da Paz Mundial, disponível em http://www.bahai.org.br/secext/arquivos/9-10-2009/PROMESSA-DA-PAZ-MUNDIAL.pdf.
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