A jovem democracia brasileira vem testemunhando, ao longo das semanas recentes, uma série de manifestações públicas, realizadas tanto nas capitais como no interior do país. Nelas, grandes números de cidadãos e cidadãs têm tomado as ruas para demonstrar sua indignação diante das disparidades e injustiças que cercam suas vidas. A luta por direitos e por qualidade de vida tem atraído indivíduos e grupos de diferentes origens e convicções, unidos em torno de um objetivo comum: promover mudanças para a melhora da sociedade.
Contudo, os pontos de partida de cada uma dessas pessoas diferem. Pessoas com opiniões muitas vezes con itantes encontram-se nas ruas, empunhando bandeiras e bradando palavras de ordem que vão desde o desejo puro e simples de sentir-se parte de um processo que reverbera nacional e internacionalmente até a defesa de agendas partidárias. De um real engajamento, passando pela ingenuidade e podendo chegar à manipulação, a linha tênue que separa os diferentes per s de manifestantes, por vezes, sobrepõe-se às suas reais crenças e intenções.
Vivemos um período histórico em que testemunhamos a desintegração de tudo aquilo que não atende mais às aspirações de uma sociedade em nítida transformação. Vivemos a falência de instituições há muito estabelecidas, a impotência de lideranças políticas diante das fraturas que se apresentam na estrutura da sociedade, o desmantelamento de determinados padrões sociais, entre outros elementos que apresentam efeitos deveras devastadores sobre todo o tecido social e político. Essas forças desintegradoras tendem a remover, como afirma Shoghi Efhendi, as barreiras que bloqueiam o progresso da humanidade, abrindo espaço para um outro processo que ocorre simultaneamente, tanto em nosso país como em todos os outros cantos do mundo: a integração de forças que reorganizarão completamente todas as questões humanas, inaugurando uma era de paz universal. O esforço central de cada bahá’í, seja individual ou coletivo, deve se alinhar às ações que caracterizam esse segundo processo. Não obstante, ao se dirigir aos bahá’ís do Irã em 23 de junho de 2009, quando a sociedade iraniana efervescia em protestos por liberdades democráticas, a Casa Universal de Justiça, Corpo Supremo da comunidade bahá’í no mundo, afirmava: “vocês não podem permanecer alheios e insensíveis ao sofrimento de seu povo”. Ao mesmo tempo, porém, aquilo que vemos como um aspecto de nosso envolvimento na vida da sociedade e de nossa contribuição por mudanças
Contudo, os pontos de partida de cada uma dessas pessoas diferem. Pessoas com opiniões muitas vezes con itantes encontram-se nas ruas, empunhando bandeiras e bradando palavras de ordem que vão desde o desejo puro e simples de sentir-se parte de um processo que reverbera nacional e internacionalmente até a defesa de agendas partidárias. De um real engajamento, passando pela ingenuidade e podendo chegar à manipulação, a linha tênue que separa os diferentes per s de manifestantes, por vezes, sobrepõe-se às suas reais crenças e intenções.
Vivemos um período histórico em que testemunhamos a desintegração de tudo aquilo que não atende mais às aspirações de uma sociedade em nítida transformação. Vivemos a falência de instituições há muito estabelecidas, a impotência de lideranças políticas diante das fraturas que se apresentam na estrutura da sociedade, o desmantelamento de determinados padrões sociais, entre outros elementos que apresentam efeitos deveras devastadores sobre todo o tecido social e político. Essas forças desintegradoras tendem a remover, como afirma Shoghi Efhendi, as barreiras que bloqueiam o progresso da humanidade, abrindo espaço para um outro processo que ocorre simultaneamente, tanto em nosso país como em todos os outros cantos do mundo: a integração de forças que reorganizarão completamente todas as questões humanas, inaugurando uma era de paz universal. O esforço central de cada bahá’í, seja individual ou coletivo, deve se alinhar às ações que caracterizam esse segundo processo. Não obstante, ao se dirigir aos bahá’ís do Irã em 23 de junho de 2009, quando a sociedade iraniana efervescia em protestos por liberdades democráticas, a Casa Universal de Justiça, Corpo Supremo da comunidade bahá’í no mundo, afirmava: “vocês não podem permanecer alheios e insensíveis ao sofrimento de seu povo”. Ao mesmo tempo, porém, aquilo que vemos como um aspecto de nosso envolvimento na vida da sociedade e de nossa contribuição por mudanças
não pode contradizer nossos pontos de vista e atuação em outras arenas.
Não é possível, por exemplo, estabelecer padrões de pensamento e ação que deem expressão ao princípio da unicidade dentro de uma comunidade e, em outro contexto, engajar-se em atividades que, independentemente de sua dimensão, reforcem um conjunto completamente diferente de pressupostos sobre a vida social. Neste cenário, não há lugar para que nós bahá’ís nos envolvamos em ações de cunho partidário ou que se caracterizam primordialmente por críticas diretas a governantes ou partidos políticos.
É neste sentido que cada indivíduo bahá’í é convidado a ponderar a sua participação ou não nas manifestações que vem sendo realizadas em nosso país. O aumento da consciência coletiva e o desejo de promover mudanças por meio da participação nas manifestações populares devem ser vistos como apenas parte de uma caminhada que levará décadas – senão séculos – para atingir seus objetivos. É a ação consistente e baseada em princípios incorruptíveis que nos proporciona a capacidade de analisar cada situação e adotar o rumo mais adequado.
O senso de propósito que nos une na Comunidade Bahá’í é o de que os movimentos de transformação que darão lugar a uma nova civilização dependem de nossa con ança e dedicação ao estabelecimento da unidade, a qual certamente será alcançada mais rapidamente por meio de atitudes de construção de uma nova sociedade, de uma nova juventude – uma juventude, conforme afirma a Casa Universal de Justiça, “...cuja consciência das falhas da sociedade os impele para o trabalho em prol de sua transformação, não para seu distanciamento dela; jovens que, a qualquer custo, recusar-se-ão a cometer iniquidade em suas muitas manifestações e, em vez disso, trabalharão para que ‘a luz da justiça possa irradiar-se sobre o mundo todo’”.
Não é possível, por exemplo, estabelecer padrões de pensamento e ação que deem expressão ao princípio da unicidade dentro de uma comunidade e, em outro contexto, engajar-se em atividades que, independentemente de sua dimensão, reforcem um conjunto completamente diferente de pressupostos sobre a vida social. Neste cenário, não há lugar para que nós bahá’ís nos envolvamos em ações de cunho partidário ou que se caracterizam primordialmente por críticas diretas a governantes ou partidos políticos.
É neste sentido que cada indivíduo bahá’í é convidado a ponderar a sua participação ou não nas manifestações que vem sendo realizadas em nosso país. O aumento da consciência coletiva e o desejo de promover mudanças por meio da participação nas manifestações populares devem ser vistos como apenas parte de uma caminhada que levará décadas – senão séculos – para atingir seus objetivos. É a ação consistente e baseada em princípios incorruptíveis que nos proporciona a capacidade de analisar cada situação e adotar o rumo mais adequado.
O senso de propósito que nos une na Comunidade Bahá’í é o de que os movimentos de transformação que darão lugar a uma nova civilização dependem de nossa con ança e dedicação ao estabelecimento da unidade, a qual certamente será alcançada mais rapidamente por meio de atitudes de construção de uma nova sociedade, de uma nova juventude – uma juventude, conforme afirma a Casa Universal de Justiça, “...cuja consciência das falhas da sociedade os impele para o trabalho em prol de sua transformação, não para seu distanciamento dela; jovens que, a qualquer custo, recusar-se-ão a cometer iniquidade em suas muitas manifestações e, em vez disso, trabalharão para que ‘a luz da justiça possa irradiar-se sobre o mundo todo’”.
Notícia publicada na edição 36 do Jornal Bahá'í Brasil. Clique aqui para ver a versão completa do jornal.
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