Brasília: A força da juventude impulsiona a construção de comunidades
Em qualquer lugar, jovens brasileiros podem contribuir para a construção de comunidades vibrantes. Essa contribuição é muito mais efetiva quando uns apóiam os outros, fortalecendo amizades sinceras. Neste segundo dia da Conferência de Juventude que está acontecendo em Brasília, os jovens descobriram ferramentas poderosas como o serviço coletivo, a fé na ajuda divina e o aprendizado conjunto sobre os potenciais e as necessidades de suas comunidades que, agregadas às amizades, os ajudam a serem verdadeiros protagonistas de transformação social.
Inúmeros desafios surgem na medida em que os jovens vão aprendendo a trabalhar juntos e buscam coletivamente um padrão efetivo de ação para fortalecer a vida de suas comunidades. Em grupos de mais ou menos 15 pessoas, os jovens trocaram experiências sobre como driblam esses desafios. Para Thaís, 24, moradora de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, “estar imerso em um grupo encoraja o jovem a continuar tentando transformar o meio que o cerca. O fato de você servir junto encoraja. Dá esse entusiasmo, essa força. Quando um não está animado, o outro passa força para ele”. Max, 27, do mesmo agrupamento que Thais, Canto do Rouxinol, lembra que “para alcançar um pensamento unificado é preciso abrir mão do egocentrismo e, por meio da consulta, identificar os problemas da comunidade e como eles podem ser solucionados”. Opinião compartilhada por Sidnéia, 27, de Palmas no Tocantins. “Se perde um pouquinho a individualidade e pensa-se mais no grupo. O que existe ali é o grupo.”
Transformar um agrupamento em uma comunidade vibrante demanda o envolvimento de todos os protagonistas do processo de transformação da sociedade a trabalharem juntos pelo desenvolvimento material e espiritual daquele lugar. Quando os indivíduos, a comunidade e as instituições que servem um agrupamento concentram sua energias na promoção do bem-estar coletivo, um processo de transformação social é iniciado.
“Quando eu comecei no Pintando o Sete como monitor de um Grupo de Pré-jovens - projeto de arte e educação que trabalha com crianças e pré-jovens órfãos de Aracajú no Sergipe que conta com a colaboração de jovens - pensei na forma como quero trabalhar com os meninos por meio da arte e da cultura. Isso aconteceu comigo: antes do teatro eu era muito tímido, tinha medo de falar em público.” Ao juntar essa iniciativa individual de Thiago, 21, morador de Nossa Senhora do Socorro, cidade próxima a Aracajú, ao esforço coletivo deste projeto, eles desencadearam um processo de transformação social naquela localidade.
Os jovens identificaram uma força que pode atuar de forma positiva ou negativa em seus esforços para apoiarem-se uns aos outros: as novas tecnologias de mídia social. “As redes sociais podem aproximar pessoas, mas também distanciar, porque a pessoa que só se mantem amizades no mundo virtual perde o contato presencial, fica mais tempo em casa e o seu convívio social se perde. Por outro lado, às vezes você pensa diferente das pessoas do seu bairro e se sente isolado. Na rede social você pode encontrar pessoas que têm uma filosofia em comum”, opina Mauricio, 24, de Altamira no Para. Já para Evandro, 23, morador de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, é preciso trilhar na vida real o caminho do serviço. “Em uma amizade sincera é preciso pensar no bem do seu amigo e realmente escutá-lo, apoiar e aprender “.
Amanhã, dia 21 de julho, é o último dia da Conferência em Brasília. Os jovens voltarão para suas comunidades no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e parte do Sudeste, que variam desde comunidades indígenas até grandes centros urbanos. No Brasil, a próxima Conferência de Juventude será semana que vem Canoas (RS), entre 26 e 28 de julho. Ao todo 114 Conferências de Juventude estão sendo promovidas pelos bahá’ís entre julho e agosto, em diversos países. Se você tem entre 15 e 30 anos e quer descobrir como mudar o mundo, participe da Conferência de Canoas. As inscrições podem ser feitas em http://www.bahai.org.br/conferenciasjuventude.
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