Quase 800 jovens se reuniram em Brasília, capital do Brasil, para uma das duas conferências de juventude realizadas naquele país.
Após meses de preparação, as expectativas dos organizadores da conferência de juventude em Brasília foram agradavelmente excedidas quando cerca de 800 jovens do Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste do Brasil chegaram ao local, um centro de convenções rodeado de muito verde.
O espírito de colaboração que caracterizou as preparações para a conferências foi demonstrado por um grupo de uma vizinhança do Rio de Janeiro. Alguns de seus jovens não podiam arcar com os custos da viagem, mas outras pessoas da comunidade ajudaram a angariar recursos por meio da venda de bolsas artesanais, organização de sessções de filmes e a celebração de uma Festa Junina – uma festa tradicional brasileira.
“Precisamos combinar nossos esforços, encorajar uns aos outros e trabalhar juntos. Não é suficiente dizer 'vá em frente, você consegue'; precisamos dizer 'vamos juntos'.”
Fala de um participante da conferência
Apesar de os grupos terem viajado juntos por longas distâncias, um sentimento de grande excitação encheu o ar à medida que os ônibus chegavam, um após o outro. Uma jovem descreveu a felicidade da viagem: “Dirigimos até aqui cantando, e até os motoristas cantaram junto com a gente.” Para muitos dos jovens, este foi o primeiro encontro desta magnitude de que participaram em suas vidas. Um jovem descreveu a maneira como decidiu participar da conferência assim que ouviu seus amigos explicarem seu propósito: "Quando falaram comigo sobre promover a transformação social por meio de conceitos espirituais, fiquei muito motivado a participar. Quero contribuir com a construção de uma sociedade mais justa.”
Ao ver todos que se reuniram para a conferência, um participante comentou: “Este grupo representa uma enorme diversidade, mas estamos todos unidos com um único objetivo.” Essa diversidade encontrou maneiras alegres de se expressar por meio das artes, incluindo apresentações dos grupos indígenas Kiriri, Kiriri-Xocó e Mundurucu, que cantaram em seus idiomas e dançaram a tradicional toré.
Os relacionamentos entre os participantes refletiram a força de sua unidade e sua convicção acerca do papel que a juventude pode desenvolver na contribuição ao progresso. “Para fazer isso, eu preciso refletir sobre os ambientes com os quais interajo e reconhecer como eu atuo sobre eles,” disse um participante. Os jovens discutiram também como o poder das redes sociais de atrair pessoas com ideias semelhantes pode ser canalizado para o melhoramento da comunidade. As conversas na conferência deram a todos os presentes a oportunidade de atingir um entendimento mais profundo acerca do imperativo da ação coletiva. “Não se pode mudar as coisas sozinho, temos de fazer isso juntos”, explicou um participante de 19 anos.
Jovens envolvidos com o trabalho junto às gerações mais novas em suas vizinhanças e vilarejos compartilharam experiências com seus pares, descrevendo suas iniciativas para ajudar os mais jovens a reconhecer as influências sociais destrutivas, tais como a violência, e a desenvolver a capacidade de pensar de maneira crítica sobre suas escolhas morais. Aqueles que ainda não tiveram essa oportunidade foram inspirados e decidiram a dedicar tempo para contribuir para a melhora de suas comunidades em sua volta para casa. Um jovem, que decidiu tentar ajudar os mais jovens a desenvolver suas capacidades para o serviço por meio da criação de um grupo como esses, disse: “Saio daqui com uma visão renovada, sabendo que não estou sozinho e que existem pessoas que vão me apoiar.”
Fonte: http://news.bahai.org/community-news/youth-conferences/brasilia.html, reproduzida também aqui]
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