Em diversas cidades do país, bahá’ís participaram de celebrações pelo Dia da Consciência Negra, comemorada no dia 20 de novembro. Brasília (DF), Aracaju (SE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), São Paulo e Campinas (SP) promoveram atividades para fomentar a reflexão sobre a origem do preconceito e a importância do reconhecimento da igualdade entre os seres humanos.
Para os bahá’ís, a
promoção da igualdade racial é um pré-requisito para a
prosperidade dos povos. Os textos bahá’ís dizem que “Todos vós
sois os frutos de uma só árvore, as folhas do mesmo ramo”,
ilustrando que a prosperidade dos povos se dará quando nos
reconhecermos como partes de uma mesma unidade – reconhecimento
este que depende tanto da igualdade racial, como também da igualdade
entre homens e mulheres.
Atividades em Aracaju
(à esquerda) e Maceió (centro e à direita) promovem consciência
de adolescentes e crianças a respeito da igualdade racial.
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I Seminário da
Consciência Negra em Aracaju
Inédito na cidade, o Seminário apresentou a palestra “A questão do racismo”, ministrada por Antônio Autran, representante do Movimento Negro Unificado, e Marcos Araújo, da Comunidade Bahá’í.
Inédito na cidade, o Seminário apresentou a palestra “A questão do racismo”, ministrada por Antônio Autran, representante do Movimento Negro Unificado, e Marcos Araújo, da Comunidade Bahá’í.
“Autran ressaltou o
fato de ser neto de escravos e sentir na pele o flagelo duplo do
preconceito racial e da miséria”, conta a participante Fátima
Fontes. Segundo ela, a visão de esperança de um futuro no qual a
humanidade reconheça a sua própria unicidade e, assim, possa
conviver em paz e harmonia foi ressaltada pela Comunidade Bahá’í
com base em textos sagrados que orientam “...se encontrardes com
aqueles de raça e cor diferente das vossas não desconfieis deles,
retirando-vos para dentro de vossa casca de convencionalismo; antes,
ficai alegre e mostrai-lhes bondade”.
Participantes do
Programa de Empoderamento para Pré-jovens da cidade apresentaram uma
música sobre o poder da juventude na transformação do mundo. Os
quarenta participantes cantaram “O Coro das Raças” e “Roda da
Unidade”, músicas de inspiração bahá’í que remetem a visão
de futuro apresentada por Marcos em sua palestra.
Atividades com crianças
e pré-jovens em Maceió
Em Maceió, as crianças
assistiram um vídeo em que um coelho branco e uma coelha preta se
casam e seus filhos são de todas as cores. “As crianças
refletiram sobre o respeito as diferenças, a convivência com as
diferentes raças e a valorização da diversidade humana”, explica
Walkíria Cardoso, uma das organizadoras.
Os pré-jovens
participaram de um debate sobre a causa e consequências da exclusão
social. O Programa de Empoderamento para Pré-Jovens trabalha a
educação intelectual e espiritual não-dogmática e estimula o
pró-ativismo nos assuntos comunitários dos participantes. “É
dever de todos ajudar a promover a inclusão dos negros na sociedade.
Devemos refletir sobre os males do individualismo e do egoísmo e a
importância de servir à humanidade”, comentou Juan Victor, de 13
anos.
Palestras no Rio de
Janeiro
Acima: participantes de
palestra na Sede Bahá’í
de Copacabana (RJ); abaixo: crianças
participam
de desfile de beleza negra em Salvador.
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Orações em São Paulo
Bahá’ís e
seguidores de outras religiões se reuniram na sede bahá’í de São
Paulo para oferecer orações em lembrança a todos os negros e
negras que contribuíram para a construção da sociedade brasileira.
Segundo Roberto Paulo, um dos participantes, a comemoração do Dia
da Consciência Negra fomenta o intercâmbio e o conhecimento sobre
as culturas e tradições negras que ajudaram a moldar nossa
sociedade. “É este intercâmbio que fomenta o sentido de igualdade
entre os brasileiros e ajuda a superar a injustiça e a violência no
país”, explicou Roberto.
Roda de conversa e
desfile em Salvador
Segundo o IBGE, 80% da população de Salvador (BA) é composta por descendentes de africanos, e por este motivo a capital bahiana foi declarada a Cidade Afrodescendente das Américas.
Segundo o IBGE, 80% da população de Salvador (BA) é composta por descendentes de africanos, e por este motivo a capital bahiana foi declarada a Cidade Afrodescendente das Américas.
No bairro Fazenda
Coutos, um foco da ação social bahá’í, foi realizada uma roda de conversa
promovida pela polícia militar sobre a importância de se valorizar
a cultura negra com os participantes do grupo de Karatê, integrantes do projeto de inspiração bahá’í “Educar é Ensinar a
Viver”, um espaço compartilhado com várias organizações.
A Escola Municipal
Bahá’í, administrada pelo Estado, realizou atividades com os
alunos e pais, incluindo uma mostra da cultura negra e indígena. Os
trabalhos evidenciaram a cultura indígena e afro-brasileira
desenvolvidos dentro e fora da escola - uma forma de valorizar sua
história e manter viva esta cultura, meninos e meninas participaram
inclusive de um desfile da Beleza Negra.
*Esta matéria foi publicada originalmente na edição nº35 do jornal Bahá'í Brasil, distribuído em janeiro de 2013.
*Esta matéria foi publicada originalmente na edição nº35 do jornal Bahá'í Brasil, distribuído em janeiro de 2013.
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