Orações pela família reúnem cerca de 200 pessoas em Anápolis

Judeus, cristãos, muçulmanos e bahá'ís ressaltam a importância da unidade familiar e da educação para a solução dos problemas da humanidade.

Velas representam a unidade da luz da Revelação

Representantes de diversas religiões da cidade goiana de Anápolis promoveram uma vigília de orações pela família, realizada no auditório do SENAI em 19 de dezembro de 2012. O evento foi realizado como parte das atividades da Associação Cruzada pela Dignidade, sob a coordenação do Juiz da Infância e Juventude da região, Dr. Carlos José Limongi Sterse.

Com a participação de cerca de 200 pessoas, a vigília primou pelo caráter inter-religioso, valorizando a compreensão de que todas as religiões tem como fundamento essencial a unidade de Deus e da humanidade. Segundo o Dr. Limongi, o objetivo da vigília foi o de unir “todas as pessoas de bem, independente de credo, raça e religião, a orarem pela restauração da família, numa grande corrente mundial de oração”. O evento, que foi transmitido ao vivo pela Internet, teve grande cobertura da mídia local. 
Bahá'ís, cristãos, muçulmanos e judeus testemunharam uma programação altamente simbólica. No início da noite, os livros sagrados do Cristianismo, do Islã e da Fé Bahá'í foram levados por crianças até a mesa, onde permaneceram expostos. Além disto, pequenas velas foram dispostas em frente a cada representante religioso que as acenderam em uma maior, representando a luz da Revelação Divina.

“As falas dos componentes da mesa trouxeram vários elementos comuns, o que demonstra uma nova fase da compreensão humana acerca da unidade da humanidade e da essência das religiões”, afirma Mary Caetana Aune-Cruz, representante da Comunidade Bahá'í do Brasil. Moradora de Brasília (DF), Mary foi especialmente convidada pela comunidade bahá'í anapolina para apresentar a visão bahá'í acerca da solução dos problemas que afligem a humanidade. 

Rádio local entrevista representante bahá'í

Durante sua apresentação, Mary falou sobre a necessidade de reconhecermos a responsabilidade coletiva pelo bem-estar de cada um dos seres humanos. “Somos uma família; se um membro dessa família passa fome, enfrenta as consequências das mudanças climáticas ou tem menos oportunidades por causa de um sistema corrupto, cada um e cada uma de nós é responsável por combater essas injustiças”, declarou.

Os representantes do Islã, do Judaísmo, das igrejas evangélicas, da religião católica, da Fraternidade Rosacruz e das organizações da Boa Vontade também apresentaram suas visões sobre o papel da família na resolução da atual crise mundial de valores. Ao final de cada fala, uma oração da respectiva tradição religiosa era entoada, em espírito de devoção e louvor.

“As religiões devem trabalhar juntas para construir um futuro de paz”, acredita Angelita de Souza, uma das representantes bahá'ís de Anápolis que colaboraram com a organização do evento. “Estamos hoje vivenciando os fatos dessa realidade prescrita no passado. Bahá’u’lláh, o Fundador da Fé Bahá’í, anunciou que isso ocorreria quando disse que ‘Deus é um, a religião é uma, a humanidade é uma’, e que ‘todas as religiões provêm de um mesmo Deus”, afirma.