Durante
a 52ª Convenção Nacional, a Editora Bahá’í do
Brasil divulgou
o lançamento de dois novos títulos. O
primeiro deles, Um Amor que
Não Espera, conta a história de oito mulheres e um homem do século XX – Lua
Getsinger, May
Maxwell, Martha Root, Keith Ranson-Kehler,
Susan Moody, Dorothy Baker, Ella Bailey, Marion Jack e Hyde Dunn. As mulheres foram citadas pelo
Guardião, Shoghi Effendi, como um “distinto rebanho de
colaboradoras”, elas dedicaram suas
vidas à promoção dos
princípios e ensinamentos da Fé
Bahá’í em diferentes partes do
mundo.
O
segundo título lançado na Convenção chama-se O Convênio de
Bahá’u’lláh, do iraniano Adib Taherzadeh. Trata-se de
uma obra
abrangente que proporciona a compreensão do mistério que envolve a
dedicação entre Criador e
criatura
1
,
fomentando a percepção das suas imensuráveis potencialidades para
a unificação da humanidade.
A
tradução de O Convênio de Bahá’u’lláh, publicado
inicialmente em inglês, em 1992, levou cerca de um
ano para ser
concluída. Segundo o tradutor, Bijan Ardjomand, a obra está repleta
de detalhes históricos
relacionados ao Convênio que são
absolutamente desconhecidos pela maioria dos bahá’ís. “O livro
é uma
oportunidade para conhecer mais sobre os fatos históricos
depois da ascensão de Bahá’u’lláh, referentes à
‘Abdu’l-Bahá, os filhos infiéis de Bahá’u’lláh, à
perseguição, prisão e sofrimento de ‘Abdu’l-Bahá e à queda
do Império Otomano”, observa ele.
Apesar
de já estar habituado ao modo como este autor desenvolve seus
livros, Bijan conta que ficou impressionado com esta obra. “Eu
havia traduzido alguns dos volumes do livro A Revelação de
Bahá’u’lláh, mas
ainda assim fiquei encantado com a maneira
magnífica como ele sempre entrelaça histórias, personagens,
temas, epístolas e as condições do mundo na época”, explica.
Um
Amor que Não Espera, da escritora norte-americana Janet Ruhe-Schoen,
foi publicado no Brasil em
1988. “Porém, era uma versão muito
resumida da vida das primeiras almas que atenderam ao chamado de
‘Abdu’l-Bahá para se levantarem como pioneiras da Fé”, revela
Sônia Maria Góes, que decidiu
então apostar em uma nova versão
para este que
considera o livro mais marcante de sua vida.
“Eu
vinha passando por intensas provações naquela época e estava
buscando algo que me ajudasse
na caminhada como mulher bahá’í”,
conta Sônia.
“Este livro é fonte de estímulo para nós,
mulheres,
pois mostra a nossa posição no processo de construção
da paz. ‘Abdu’l-Bahá testemunhou especialmente ao Ocidente que
as mulheres têm manifestado uma audácia maior que a dos homens ao
alistarem-se nas fileiras da Fé”, ressalta ela.
As
nove protagonistas de Um Amor que Não Espera se
tornaram o
estandarte de uma nova espécie humana
do tempo em que viveram.
“Elas revelaram o papel
das mulheres de uma Nova Era, na qual não
existem
poderes diferenciados na espiritualidade, onde ambos os
sexos são chamados para servir a humanidade
de maneira
igualitária”, conta Sônia.
Para
mais informações, entre em contato com a
Editora Bahá’í do
Brasil pelo endereço eletrônico: dmd@editorabahaibrasil.com.br.
Hábito
da leitura no Brasil
Em
sua 3ª edição, a mais recente pesquisa Retratos da Leitura no
Brasil
2
,
lançada no final de março, mostra
que os brasileiros estão lendo
menos livros. Entrevistas realizadas em 315 municípios revelam que o
índice
de leitores caiu de 95,6 milhões de leitores em 2007 para
88,2 milhões em 20113
.
Apesar
dessa queda, observa-se uma elevação no mercado editorial no país.
Segundo os especialistas, porém, o aumento do consumo não
representa uma incoerência, já que o brasileiro costuma comprar
livros
pela sedução da mercadoria – ou seja: compra e não lê.
A Editora Bahá’í do Brasil também vem registrando alta nas
vendas no período recente. No primeiro
semestre deste ano, 20 mil
livros foram vendidos, dobrando as vendas
em relação ao mesmo
período do ano passado. Para evitar que livros sejam comprados e
deixados nas prateleiras, a Editora vem fortalecendo o
papel dos
Oficiais de Literatura
4
,
responsáveis pelo fomento do hábito
da leitura, com foco principal
em títulos ligados à história da Fé Bahá’í.
“Em
nosso país há um grande desafio a ser superado neste sentido”,
comenta a coordenadora do grupo de Oficiais da Literatura, Ana Maria
Vieira. “É necessário tornar o livro acessível e desenvolver
ações que
despertem o interesse do público pela leitura prazerosa
e como fonte
de informação. É essa a missão dos oficiais”,
explica ela.
Você
sabia?
A Editora Bahá’í
do Brasil foi fundada por Shoghi Effendi no ano de 1957.
Entre as 33
Editoras Bahá’ís espalhadas
pelo mundo, apenas três foram
fundadas pelo Guardião: Brasil, Estados Unidos e Índia.
A Editora Bahá’í
do Brasil é responsável pela tradução oficial dos escritos
sagrados bahá’ís para o português – a 6ª
língua mais falada
do planeta. Os livros
da Editora são exportados para nove
países:
Timor-Leste, Portugal, Índia Portuguesa, China, Angola, Moçambique,
Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Esse artigo foi publicado no Bahá'í Brasil Nº 34, na página 12.
Esse artigo foi publicado no Bahá'í Brasil Nº 34, na página 12.
1
A questão da sucessão religiosa tem sido crucial para todas as
fés. O fracasso em resolver essa questão tem levado,
inevitavelmente, à discórdia e divisão. A ambiguidade sobre os
verdadeiros sucessores de Jesus e Maomé, por exemplo, levou a
interpretações divergentes das sagradas escrituras e profunda
dissensão tanto dentro da Cristandade quanto do Islã. Bahá’u’lláh,
porém, evitou o cisma e estabeleceu um alicerce inexpugnável para
Sua Fé mediante o que estipulou em Sua última vontade e
testamento,
documento intitulado “O Livro de Meu Convênio”.
Escreveu Ele: “Quando o oceano de Minha presença tiver refluído,
e o Livro de Minha Revelação se achar completo, volvei vossas
faces Àquele Eleito por Deus, Aquele que brotou desta Raiz Antiga.
Este sagrado
versículo a nenhuma pessoa se refere, senão ao Mais
Poderoso Ramo [‘Abdu’l-Bahá]”.
2
Organizada pelo Ibope Inteligência em conjunto com o Instituto
Pró-Livro.
3
Dados correspondem a 50% da população brasileira com cinco anos
ou mais.
4
Estabelecido em setembro de
2011, o projeto “Oficiais de Literatura Bahá’í”, composto
atualmente por 41 pessoas de diferentes Estados brasileiros, é um
dos mecanismos para promover a divulgação dos livros da Editora
Bahá’í do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário