Os participantes vieram de todas as partes do Brasil para participar da manifestação, realizado ontem na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, sendo que alguns levaram mais de 15 horas viajando de ônibus para estar lá.
Quase 8 mil imagens com os rostos das sete lideranças bahá’ís aprisionadas estavam dispostas na praia, correspondendo ao número de dias de prisão que os sete vêm sofrendo após três anos na prisão. As fotos estavam dispostas em um grande círculo, representando o mundo e a união dos povos de todas as raças e nações.
Nas suas observações, o deputado federal Chico Alencar, deu o tom para as atividades do dia, dizendo: “A liberdade religiosa é algo que não pode ser tocada.”
Um participante judeu, Natan Klabin, concordou: “Nós sabemos bem o que é ser perseguido por causa de religião, e assim sabemos o quão importante é mostrar solidariedade a outras minorias reprimidas”, disse ele.
O babalaô Ivanir dos Santos – representando o Candomblé, religião afro-brasileira – falou sobre a perseguição que sua comunidade frequentemente enfrenta. “É por isso que sentimos que devemos protestar contra todos os tipos de intolerância religiosa. Tenho a esperança de que um dia não mais precisaremos promover manifestações como esta, em país algum”, disse Ivanir.
Mil coletes amarelos – com a frase “Hoje somos todos bahá’ís” e “Libertem os 7 bahá’ís presos no Irã” – foram distribuídos juntamente com folhetos sobre liberdade religiosa. Mmúsicos que contribuíram com o programa, apresentando canções sobre os temas de liberdade e solidariedade.
O bahá’í brasileiro, Iradj Eghrari, disse que demonstrar solidariedade entre as religiões é essencial para mostrar às autoridades iranianas que a perseguição não é uma questão de preocupação somente para os bahá’ís.
“Se hoje você não demonstra apoio a uma minoria religiosa perseguida, amanhã a vítima da intolerância religiosa pode ser você”, declarou.
As sete lideranças bahá’ís aprisionados eram membros de um grupo informal de nível nacional que ajudava a atender às necessidades dos mais de 300 mil membros da comunidade bahá’í do Irã. Após serem detidos ilegalmente por 30 meses, eles foram julgados sob acusações fraudulentas e, em agosto de 2010, cada um foi sentenciado a 20 anos de prisão.
Veja as fotos da manifestação no álbum da Comunidade Bahá’í do Brasil na Internet:
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