O dia 9 de julho é marcado pelo martírio de um homem que sacrificou sua vida pelo bem da humanidade
A figura do Báb ficou conhecida no mundo como o Mensageiro Divino precursor da Fé Bahá'í no século XIX. Seu nome de nascimento é Mírzá ‘Alí Muhammad, sendo “O Báb” o título adotado quando ainda jovem, que quer dizer “A Porta”, e simboliza a porta de entrada da humanidade para uma nova era, na qual a unidade dos povos prevalecerá. Sua principal missão foi preparar o caminho para a vinda de Bahá'u'lláh, fundador da Fé Bahá'í.
Suas palavras se difundiram rapidamente e em pouco tempo milhares de pessoas, em diferentes partes da Pérsia e do Turquestão, aceitaram seus ensinamentos. Mas ao mesmo tempo em que a eloquência de seus inspiradores escritos, sua extraordinária sabedoria e conhecimento, sua coragem e seu zelo de reformador despertaram entre os discípulos o maior entusiasmo, despertou porém um grau correspondente de alarme e inimizade entre os ortodoxos muçulmanos.
Ao longo de sua breve trajetória, o Báb passou por diversos encarceramentos, deportações e interrogatórios em tribunais, além de ter sofrido açoites e indignidades, culminando com seu martírio em 1850, aos 31 anos, tal como dizia a profecia islâmica sobre a morte do enviado de Deus: este haveria de ser morto pelas mãos de muçulmanos. No dia 9 de Julho de 1850, o Governador de Tabriz, Mirzá Hasan Khan, deu ordens para que o Báb fosse levado à casa dos principais sacerdotes muçulmanos da cidade, que autorizaram a execução. Na tentativa de dissimular a genuinidade da afirmação de que o Báb era o mensageiro divino, os sacerdotes ordenaram que um regimento armênio o executassem, assim, ele seria morto pelas mãos de cristãos.
No entanto, após serem disparados os fuzis, as balas só atingiram as cordas, libertando o Báb e seu discípulo Anis, que decidira morrer ao seu lado. Este encontrava-se vivo e sorrindo, e o Báb havia desaparecido. Após muito buscar encontraram-no em sua cela, terminando a conversa que iniciara com seu secretário antes de ser levado à execução. Em respeito ao Báb, o coronel do regimento armênio, Sam Khan, recusou-se a levar adiante a tarefa, deixando a cargo dos muçulmanos executarem o Báb, que assim o fizeram.
O dia 9 de julho tornou-se uma data sagrada no Calendário Bahá'í sendo um dia para reflexão sobre essa importante figura dentro da Fé Bahá'í.
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