O Arcebispo Católico Romano de Deli dirigiu-se ao Supremo Líder do Irã, pedindo a soltura dos sete, “ou que no mínimo sejam libertados sob fiança para esperarem um julgamento justo e aberto, em concordância com padrões internacionais de jurisprudência”.
“Segundo confirmaram os advogados, nenhuma evidência de delito foi apresentada nas sessões do julgamento realizadas até agora”, escreveu o Arcebispo Vincent M. Concessao numa carta para o Ayatollah Ali Khamenei, datada de 5 de junho de 2010.
Ontem, o ativista social e líder espiritual, Swami Agnivesh, conduziu uma procissão pelas ruas de Nova Deli até a Casa Hydarabad, uma sede pertencente ao governo utilizada para grandes eventos e entrevistas com a imprensa.
Os participantes da campanha - muitos deles usando máscaras - carregavam bandeiras e placas com retratos das sete lideranças bahá’ís, bem como imagens de outros atualmente presos.
Swami Agnivesh disse aos presentes que a humanidade precisa de amor e respeito a todos e deve permitir que pessoas de diferentes sistemas de crença e ideologias coexistam em paz e solidariedade, relatou o Jornal Indiano.
Iniciativa global
A marcha em Nova Deli foi um prelúdio ao dia de ação global de amanhã, que exige o fim dos abusos aos direitos humanos no Irã, e marca o primeiro aniversário da contestada eleição presidencial do ano passado.
A iniciativa - coordenada pelo United4Iran - está sob a corresponsabilidade de numerosas organizações, incluindo a Anistia Internacional e a Comunidade Internacional Bahá’í.
Organizações não governamentais de destaque estão se unindo a uma ampla variedade de grupos de estudantes locais e baseados na internet para hospedar eventos simultâneos em cidades ou campus universitários ao redor do mundo.
No Reino Unido, um cartaz móvel com o retrato das sete lideranças foi circulado em Londres para chamar a atenção às suas condições.
Enquanto isso, nos Estados Unidos, o Deputado Frank R. Wolf, ontem apresentou uma declaração ao Diário Oficial do Congresso Norte Americano, pedindo renovado apoio aos sete.
“O mundo não pode fechar os olhos à repressão brutal desse regime para com seu próprio povo”, disse o Sr. Wolf.
“Devemos continuar a defender um processo adequado e um julgamento justo para as sete lideranças bahá’ís e direitos básicos para a comunidade como um todo que, segundo relatório recém divulgado da Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, ‘vem sendo submetida a violações religiosas particularmente severas no Irã’”, disse ele.
Conselho de Direitos Humanos das ONU
Esta semana foram também expressadas preocupações em um debate na 14ª Sessão do Conselho de Direitos humanos das ONU em Genebra. A situação da perseguição à comunidade bahá’í do Irã foi levantada na terça feira, 8 de junho, em nome da União Européia pela Espanha. Foram também mencionadas as contribuições feitas pela Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos da América.
“Tememos que a situação já precária dos direitos humanos no Irã continue a deteriorar se a comunidade internacional não continuar a apelar ao governo iraniano prestação de contas dos seus atos.”, disse o representante canadense.
Além de endossarem a declaração da Espanha, sete estados membros da União Europeia mencionaram especificamente sua própria preocupação a respeito da perseguição aos bahá’ís.
A Áustria relatou como “permanece seriamente preocupada a respeito da discriminação e assédio de minorias religiosas, particularmente os membros da Fé Bahá’í e o julgamento de sete de suas lideranças que estamos acompanhando de perto.”
O julgamento das sete lideranças bahá’ís começou em 12 de janeiro depois de eles ficarem encarcerados sem acusação na prisão de Evin em Teerã por 20 meses. Na primeira audiência, realizada na 28ª Vara da Corte Revolucionária em Teerã, os bahá’ís negaram categoricamente as acusações de espionagem, atividades de propaganda contra a odem islâmica e “corrupção sobre a terra”, entre outras alegações.
Os sete réus são: Fariba Kamalabadi, Jamaloddin Khanjani, Afif Naeimi, Saeid Rezaie, Mahvash Sabet, Behrouz Tavakkoli, e Vahid Tizfahm. Antes de serem aprisionados, eles atendiam às necessidades espirituais e sociais da Comunidade Bahá’í do Irã, cujos membros somam mais de 300.000.
Atualmente há 41 bahá’ís detidos em várias cidades do Irã.
Para ver uma versão mais longa do artigo e fotografias, acesse (em inglês):
http://news.bahai.org/story/776
Para ver a págiba do Bahá’í World News Service, acesse:
http://news.bahai.org/
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