NOVA IORQUE, 10 de maio (BWNS) – Enquanto os sete líderes bahá’ís entram no seu terceiro ano de prisão, surgiram novos detalhes sobre as cruéis condições de seu encarceramento, renovando os chamados para sua imediata libertação.
Os prisioneiros são a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, o Sr. Afif Naeimi, o Sr. Saeid Rezaie, a Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfahm.
“Esses bahá’ís inocentes estão agora presos há exatamente dois anos na notória prisão de Evin, em Teerã, em condições que claramente violam os padrões internacionais”, disse Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas. “Nós apelamos às autoridades iranianas que os libertem já, e pedimos à comunidade internacional que se junte a nós neste apelo. Os ditames da justiça demandam nada menos que isso.”
Os prisioneiros, antigos membros de um grupo informal conhecido como Yarán, ou “Amigos”, tinham por função atender às necessidades espirituais e sociais dos milhares de bahá’ís do Irã. Eles estão mantidos na prisão desde que foram detidos em 2008 – seis deles no dia 14 de maio e um deles dois meses antes.
Nenhuma audiência jurídica havia sido realizada até o dia 12 de janeiro deste ano, quando eles compareceram à 28ª Vara da Corte Revolucionária do Irã. As acusações que incluíam espionagem, atividades de propaganda e “corrupção na terra”, foram todas negadas. Novas audiências ocorreram em 7 de fevereiro e 12 de abril.
“Nas três sessões do julgamento que ocorreram até agora, não foi apresentada qualquer evidência de delito – deixando ainda mais óbvio que os prisioneiros estão sendo mantidos somente por causa de sua crença religiosa”, disse a Sra. Dugal.
“Se a liberdade não for concedida imediatamente, pelo menos devem ser libertados sob fiança. Medidas devem ser tomadas para assegurar que seu julgamento seja rápido e conduzido de forma justa, em concordância com os padrões internacionais”, disse ela.
Condições carcerárias severas
Sexta-feira marca o segundo aniversário do encarceramento do grupo, e detalhes continuam a surgir a respeito das severas condições em que eles estão sendo mantidos. Sabe-se, por exemplo, que as duas mulheres e cinco homens estão confinados em duas celas tão pequenas que lhes restringem adequado movimento ou descanso.
“Eles não têm camas nem roupa de cama”, disse a Sra. Dugal
O lugar tem cheiro um rançoso, e só lhes é permitido tomar ar fresco durante duas horas a cada semana. Eles têm uma luz que se for apagada durante o dia torna-se-lhes impossível enxergar qualquer coisa.
“O contato com seus entes queridos é restrito a 10 minutos ao telefone, uma vez por semana, ou visitas que na maioria das vezes ocorrem por trás de uma barreira de vidro”, disse a Sra. Dugal.
"Condições tão desumanas mostram desconsideração aos princípios delineados nos acordos internacionais para o tratamento de prisioneiros, os quais estipulam que ninguém pode ser submetido a tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante ou a punição”, disse ela.
“Os pedidos dos próprios prisioneiros por melhoras modestas nas suas condições permanecem não atendidas, e em consequência disso a saúde deles está se deteriorando. Estas pessoas são inocentes e não há qualquer motivo para fazê-los sofrer desse modo” disse ela.
De acordo com a jornalista Roxana Saberi – que por três semanas dividiu a cela com as duas prisioneiras bahá’ís – as mulheres estão confinadas num espaço pequeno. Elas enrolam um cobertor para usar como travesseiro”, disse ela. “O chão é de cimento, coberto apenas com um fino tapete marrom, e as prisioneiras frequentemente têm dores nas costas e machucaduras por dormirem sobre ele. ... Quando eu estava com elas, permitiam-nos ir a um pátio murado cimentado durante quatro dias por semana por 20 ou 30 minutos”.
Ação internacional
A Casa Universal de Justiça – corpo supremo da Fé Bahá’í – pediu à comunidade mundial bahá’í para realizar reuniões especiais de oração no mundo todo nesta sexta-feira, para lembrar os bahá’ís do Irã e todos os seus compatriotas que de forma semelhante estão sujeitos à opressão.
“Nossos corações se entristecem em contemplar a passagem de mais um ano em que os sete antigos membros do Yarán permanecem aprisionados com acusações infundadas para as quais as autoridades não têm quaisquer evidências”, escreveu a Casa Universal de Justiça.
O aniversário do segundo ano, diz ela, faz recordar as “variadas formas de opressão” enfrentadas pela comunidade bahá’í do Irã, incluindo “interrogatórios, detenções sumárias e aprisionamentos, privação de meios de subsistência, destruição cruel de propriedades e recusa de educação a estudantes bahá’ís.”
Uma demonstração coletiva de solidariedade para com os líderes bahá’ís aprisionados também foi pedido pela rede de direitos humanos United4Iran. Eles pedem a simpatizantes do mundo todo que façam réplicas das dimensões das celas da prisão de Evin e documentem o próprio confinamento dentro do referido espaço. Fotografias e vídeos serão então compartilhados na internet para atrair a atenção da comunidade internacional ao contínuo aprisionamento arbitrário que está sendo suportado pelos sete.
Detalhes sobre a campanha da United4 Iran podem ser vistos no seguinte site:
http://united4iran.com/2010/05/may-14th-2010-2-years-since-the-arbitrary-arrests-of-the-7-baha%E2%80%99i/
Para uma versão mais longa da história, que inclui mais detalhes sobre a prisão de Evin, acesse:
http://news.bahai.org/story/771
Para ver a página do Baha’i World News Service, acesse:
http://news.bahai.org/
Os prisioneiros são a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, o Sr. Afif Naeimi, o Sr. Saeid Rezaie, a Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfahm.
“Esses bahá’ís inocentes estão agora presos há exatamente dois anos na notória prisão de Evin, em Teerã, em condições que claramente violam os padrões internacionais”, disse Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í nas Nações Unidas. “Nós apelamos às autoridades iranianas que os libertem já, e pedimos à comunidade internacional que se junte a nós neste apelo. Os ditames da justiça demandam nada menos que isso.”
Os prisioneiros, antigos membros de um grupo informal conhecido como Yarán, ou “Amigos”, tinham por função atender às necessidades espirituais e sociais dos milhares de bahá’ís do Irã. Eles estão mantidos na prisão desde que foram detidos em 2008 – seis deles no dia 14 de maio e um deles dois meses antes.
Nenhuma audiência jurídica havia sido realizada até o dia 12 de janeiro deste ano, quando eles compareceram à 28ª Vara da Corte Revolucionária do Irã. As acusações que incluíam espionagem, atividades de propaganda e “corrupção na terra”, foram todas negadas. Novas audiências ocorreram em 7 de fevereiro e 12 de abril.
“Nas três sessões do julgamento que ocorreram até agora, não foi apresentada qualquer evidência de delito – deixando ainda mais óbvio que os prisioneiros estão sendo mantidos somente por causa de sua crença religiosa”, disse a Sra. Dugal.
“Se a liberdade não for concedida imediatamente, pelo menos devem ser libertados sob fiança. Medidas devem ser tomadas para assegurar que seu julgamento seja rápido e conduzido de forma justa, em concordância com os padrões internacionais”, disse ela.
Condições carcerárias severas
Sexta-feira marca o segundo aniversário do encarceramento do grupo, e detalhes continuam a surgir a respeito das severas condições em que eles estão sendo mantidos. Sabe-se, por exemplo, que as duas mulheres e cinco homens estão confinados em duas celas tão pequenas que lhes restringem adequado movimento ou descanso.
“Eles não têm camas nem roupa de cama”, disse a Sra. Dugal
O lugar tem cheiro um rançoso, e só lhes é permitido tomar ar fresco durante duas horas a cada semana. Eles têm uma luz que se for apagada durante o dia torna-se-lhes impossível enxergar qualquer coisa.
“O contato com seus entes queridos é restrito a 10 minutos ao telefone, uma vez por semana, ou visitas que na maioria das vezes ocorrem por trás de uma barreira de vidro”, disse a Sra. Dugal.
"Condições tão desumanas mostram desconsideração aos princípios delineados nos acordos internacionais para o tratamento de prisioneiros, os quais estipulam que ninguém pode ser submetido a tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante ou a punição”, disse ela.
“Os pedidos dos próprios prisioneiros por melhoras modestas nas suas condições permanecem não atendidas, e em consequência disso a saúde deles está se deteriorando. Estas pessoas são inocentes e não há qualquer motivo para fazê-los sofrer desse modo” disse ela.
De acordo com a jornalista Roxana Saberi – que por três semanas dividiu a cela com as duas prisioneiras bahá’ís – as mulheres estão confinadas num espaço pequeno. Elas enrolam um cobertor para usar como travesseiro”, disse ela. “O chão é de cimento, coberto apenas com um fino tapete marrom, e as prisioneiras frequentemente têm dores nas costas e machucaduras por dormirem sobre ele. ... Quando eu estava com elas, permitiam-nos ir a um pátio murado cimentado durante quatro dias por semana por 20 ou 30 minutos”.
Ação internacional
A Casa Universal de Justiça – corpo supremo da Fé Bahá’í – pediu à comunidade mundial bahá’í para realizar reuniões especiais de oração no mundo todo nesta sexta-feira, para lembrar os bahá’ís do Irã e todos os seus compatriotas que de forma semelhante estão sujeitos à opressão.
“Nossos corações se entristecem em contemplar a passagem de mais um ano em que os sete antigos membros do Yarán permanecem aprisionados com acusações infundadas para as quais as autoridades não têm quaisquer evidências”, escreveu a Casa Universal de Justiça.
O aniversário do segundo ano, diz ela, faz recordar as “variadas formas de opressão” enfrentadas pela comunidade bahá’í do Irã, incluindo “interrogatórios, detenções sumárias e aprisionamentos, privação de meios de subsistência, destruição cruel de propriedades e recusa de educação a estudantes bahá’ís.”
Uma demonstração coletiva de solidariedade para com os líderes bahá’ís aprisionados também foi pedido pela rede de direitos humanos United4Iran. Eles pedem a simpatizantes do mundo todo que façam réplicas das dimensões das celas da prisão de Evin e documentem o próprio confinamento dentro do referido espaço. Fotografias e vídeos serão então compartilhados na internet para atrair a atenção da comunidade internacional ao contínuo aprisionamento arbitrário que está sendo suportado pelos sete.
Detalhes sobre a campanha da United4 Iran podem ser vistos no seguinte site:
http://united4iran.com/2010/05/may-14th-2010-2-years-since-the-arbitrary-arrests-of-the-7-baha%E2%80%99i/
Para uma versão mais longa da história, que inclui mais detalhes sobre a prisão de Evin, acesse:
http://news.bahai.org/story/771
Para ver a página do Baha’i World News Service, acesse:
http://news.bahai.org/
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