
Ela contou a história durante um painel de discussão intitulado "Portrayal or Betrayal: How the Media Depicts Women and Girls", realizado no escritório da Comunidade Internacional Bahá’í na ONU, em Nova York. O evento foi planejado em conjunto com a sessão anual da Comissão da Organização das Nações Unidas sobre a Condição da Mulher, que se iniciou no dia 1 de março. Juntamente com outros painelistas, ela notou que imagens sexualizadas de mulheres na propaganda são tão triviais a ponto de parecerem inofensivas.
“Minha mensagem é que, se efetivamente nada fizermos a esse respeito, seremos cúmplices disso”, disse a Sra. Floyd Douglass. No painel estava também Sarah Kasule, diretora da União das Mães de Uganda, que disse que o modo pelo qual as mulheres são retratadas na mídia africana pode ser igualmente negativo. Elas são representadas como símbolos de sexo. Ou como algo relacionado a fazer os homens se sentirem confortáveis ou prestando cuidados”, disse ela.
Essa tendência na mídia é o resultado tanto de escolhas individuais como de forças institucionais, acrescentou Dr. Michael Karlberg, professor adjunto do departamento de comunicação da Universidade Ocidental de Washington. “De um lado”, disse ele, “em todo lugar as pessoas optam por consumir conteúdo da mídia que alimenta os apetites inferiores que herdamos da nossa natureza animal. Por outro lado, as instituições de comunicação foram construídas propositalmente de modo a estimular, reforçar e explorar esses apetites inferiores”. O resultado é um “ciclo de retroalimentação” que criou um ambiente de comunicação “injusto, insalubre e insustentável”, observou Dr. Karlsberg.
Ele disse que todo esforço para tratar do problema deve considerar a estrutura das instituições de comunicação. “Supõe-se que a mídia é apenas mais uma utilidade. Mas, a mídia não é apenas mais uma utilidade. É um processo que facilita deliberações democráticas. É um processo que cria cultura”, afirma.
Parte do problema, disse ele, é que o verdadeiro produto da mí

A discussão que aconteceu no dia 3 de março foi moderada pela Baronesa Joyce Gould, presidenta da Comissão Nacional de Mulheres do Reino Unido. Ela disse que estudos recentes mostram que imagens depreciativas de mulheres são usados cada vez mais na mídia e têm um impacto insalubre no desenvolvimento psicológico tanto de garotas como de rapazes. “À elas, trata de lhes dizer que precisam ser mais atraentes aos homens. E a eles, de procurarem garotas como objetos sexuais”, disse a Baornesa Gould.
Algumas tendências opostas na Uganda podem ser úteis, disse a Sra. Kasule, que descreveu como o nível de alfabetização e educação de mulheres e meninas vem crescendo naquele país. “Há muitos programas para que as meninas leiam e escrevam. Isto é importante porque elas serão capazes de acessar informação e reportagens da mídia, e então poderão interagir. Portanto, creio que as coisas estão mudando para melhor”, disse ela.
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