
As autoridades iranianas executaram o jovem Arash Rahmanipour, 20 anos, no dia 28 de janeiro sem ao menos avisar os familiares e advogados do rapaz, afirmou Nasrin Sotoudeh, advogada encarregada do caso. Ambos souberam pela notícia na televisão e ficaram chocados.
Arash foi preso em 2008 junto com Mohammed Reza Ali Zamani, 37, mas agora nem mesmo a TV estatal iraniana está certa do motivo. O canal Press TV afirmou previamente que os dois foram presos por participarem de um atentado terrorista em Shiraz, no qual 13 pessoas morreram. Agora, o canal afirma que os dois foram enforcados por participarem nos protestos após as eleições no Irã.
Nasrin Sotoudeh diz que o motivo pelo qual seu cliente foi preso nunca foi por ter participado do atentado em Shiraz; e levanta dúvida sobre as acusações sendo que o rapaz foi preso meses antes das eleições e dos protestos que se seguiram. “Ambos foram presos dois meses antes das eleições e mantidos confinados enquanto suas sentenças eram executadas. Como pode uma pessoa que está na prisão participar de protestos?, questionou Nasrin.
Em um julgamento transmitido pela mídia, Arash confessou ter participado no que o governo iraniano considera como uma tentativa de golpe contra o Estado. A advogada Nasrin disse que a confissão foi forçada, em 10 meses preso ela só pode ver Arash por apenas 15 minutos. “Meu cliente me disse que sua irmã, grávida, também foi presa. Ele disse que em duas sessões de interrogatório, ela foi colocada à sua frente e disseram que se ele a queria livre, ele teria que admitir coisas as quais ele não fez”, afirma.
Os movimentos de direitos humanos no Irã condenaram os enforcamentos e acusam o governo iraniano de tentarem intimidar o movimento de oposição. De acordo com a Anistia Internacional, o país é o segundo, depois da China, em execuções de pessoas.
Assista à matéria da CNN (em inglês)
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