É incerto se o julgamento será realizado no domingo, ou se será novamente postergado”, disse Diane Ala'i, a representante da Comunidade Internacional Bahá’í para as Nações Unidas em Genebra.
“Se o julgamento não for realizado, os sete bahá’ís devem ser libertados sob fiança, conforme exige a lei iraniana”, disse ela. “Eles são completamente inocentes das acusações contra eles e, em primeiro lugar, não deveriam ter sido presos.
A Sra. Ala'i explicou que a lei iraniana exige que os advogados recebam uma notificação por escrito pelo menos dois dias úteis antes que qualquer julgamento ocorra. Ela observou que sexta feira não é dia útil no Irã e, uma vez que eles ainda não receberam a notificação, isso pode ser uma indicação de que o julgamento será novamente adiado.
O julgamento dos sete prisioneiros havia sido inicialmente marcado para 18 de agosto. Mas em 17 de agosto foi postergado para 18 de outubro, após os oficiais do tribunal terem concordado com as solicitações dos advogados de defesa, que pediram mais tempo para preparação já que eles não haviam tido acesso adequado aos prisioneiros.
Os sete são: a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, o Sr. Afif Naeimi, o Sr. Saeid Rezaie, a Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfahm.
Todos, com exceção de um dos membros do grupo, foram detidos em 14 de maio de 2008 em suas casas em Teerã. A Sra. Sabet foi detida em 5 de março de 2008 enquanto se encontrava em Mashhad. Desde então, eles vêm sendo mantidos na prisão de Evin, em Teerã, tendo passado seu primeiro ano naquele local sem acusações formais ou acesso a advogados.
Agências oficiais de notícias do Irã dizem que os sete são acusados de “espionagem para Israel, insulto a santidades religiosas e propaganda contra a República Islâmica”. Há também indicações de que enfrentem também a acusação de “difundir corrupção sobre a terra”.
“Todas essas acusações são absurdas e infundadas”, disse a Sra. Ala'i. Tomem, por exemplo, a idéia de eles terem sido espiões para Israel. Isso se baseia totalmente no fato de o centro religioso e espiritual da Fé Bahá’í se localizar, devido a fatos históricos, em Haifa, Israel.
“Do mesmo modo que se espera que o arcebispo católico se comunique com o Vaticano, estes sete – com o conhecimento do governo iraniano – comunicavam-se com seu centro espiritual que por coincidência se localiza em Israel. Não há nada errado com isso.”
Para ver o artigo original no site BWNS, acesse http://news.bahai.org/story/733
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