Cerca de 1.400 pessoas ouviram Azar Nafisi, autora de “Lendo Lolita em Teerã”, e Shohreh Aghdashloo, nomeada para o Oscar pelo filme “Casa de Areia e Névoa”, falarem numa reunião pública no auditório Lisner da Universidade George Washington. A Dra. Nasifi e a Sra. Aghdashloo ambas nasceram no Irã, e nenhuma das duass é membro da comunidade bahá’í.
A Dra. Nasifi falou apaixonadamente a respeito de humanidade comum de todos os povos e do sofrimento de um como sendo o sofrimento de todos. Ela focou particularmente as minorias no Irã e apontou para o exemplo dos bahá’ís.
“Eu me pergunto”, disse ela, “como deve ser o sentimento de ser privado de cada um dos direitos humanos básicos num país que você chama de seu, num país em cujo idioma e cultura você nasceu, um país no qual os pais de seus pais... viveram e com o qual contribuíram; o que significa ser privado do direito à educação, do direito à propriedade, ou mesmo do direito à vida?”
Ela afirmou que a luta “não é política, é existencial.” Vai além dos bahá’ís, disse ela, atingindo “cada pessoa que no Irã ousa ser diferente, que ousa expressar seu desejo pela liberdade de ter uma escolha.”
“Os bahá’ís do Irã tornaram-se os canários nas minhas de carvão”, disse ela. “Se vocês quiserem saber o grau de liberdade que o povo do Irã goza hoje, basta observar o que acontece com os bahá’ís.”
Privar as pessoas de sua individualidade é uma forma de matá-las, disse. “Na verdade é pior do que ser simplesmente assassinado. Ter de negar sua humanidade, sua individualidade, é estar morto.”
Os julgamentos de fachada que estão sendo realizados no Irã, todas essas pessoas de diferentes origens, de diferentes épocas, de diferentes crenças políticas e religiosas, todas privadas de sua individualidade, disse ela.
Os acusados, disse ela, foram forçados a confessar que “tudo em que eles acreditavam, todo o seu modo de vida... era uma farsa e uma fraude. Esta é uma outra forma de matar as pessoas.”
Ao se dirigir ao público por meio de tranmissão de vídeo a partir de Los Angeles, a Sra. Aghdashloo, disse que tudo o que já “leu e compreendeu a respeito da Fé Bahá’í” é que ela defende a unidade da humanidade e a nobreza inerente de todos os seres humanos.
“Eu me alio a muitos outros por todo o mundo para transmitir em uníssono a nossa voz em defesa dos bahá’ís do Irã e quero falar abertamente contra os contínuos e deploráveis atos do governo iraniano”, disse ela.
O evento em Washington, realizado em 12 de setembro, foi dedicado aos bahá’ís aprisionados no Irã, incluindo os sete “líderes” detidos na notória prisão de Evin, em Teerã, há mais de um ano, com acusações forjadas de “espionagem para Israel, insulto a santidades religiosas e propaganda contra a república islâmica.”
Esta foi uma das diversas reuniões realizadas nos últimos meses em todo o território dos Estados Unidos para oferecer orações pelos prisioneiros, incluindo eventos em Los Angeles, San Francisco e agora em Washington.
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