No dia em que celebramos o Martírio do Báb, data plena de confirmações, o deputado federal Luiz Couto (PT-PB), que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, pronuncia o seguinte discurso em defesa dos líderes bahá'ís presos no Irã:
Brasília, 09/07/2009 -
O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, no próximo dia 11 de julho, 7 membros da Fé Bahái serão julgados no Irã, com a acusação de espionar para Israel, insultar santidades religiosas, fazer propaganda contra a República Islâmica e espalhar corrupção na Terra.
Como esses crimes são punidos com a pena de morte, está claro que são acusações infundadas.
A Anistia Internacional lançou uma ação urgente conclamando seus associados a enviarem e-mails ao Governo iraniano solicitando libertação desses líderes.
Sr. Presidente, este é o pronunciamento que faço. E peço que seja dada a devida publicidade ao inteiro teor deste pronunciamento.
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Venho aqui relatar a dramática situação em que se encontram os que professam a Fé Baháí no Irã. Como é do conhecimento dos nobres colegas, sete membros da liderança baháí, conhecidos como amigos do Irã, grupo responsável por atividades comunitárias no país, estão presos no Teerã há mais de um ano.
O julgamento está marcado para o próximo dia 11 de julho com as acusações de espionar para Israel, insultar santidades religiosas, fazer propaganda contra a República Islâmica e espalhar corrupção na terra. Como esses crimes são punidos com a morte e está claro que são acusações infundadas, a Anistia Internacional lançou uma Ação Urgente conclamando seus associados a enviarem e-mails para o governo iraniano solicitando a libertação desses líderes.
Em meio às turbulentas manifestações relacionadas com os resultados das eleições presidenciais iranianas, o mundo pôde observar o grau de violência dos ataques de forças paramilitares contra civis, realizadas com o aval explícito do Líder Supremo, com a qual são reprimidas quaisquer manifestações contra o status quo vigente. No caso dos baháís, uma minoria religiosa pacífica, a única razão para a opressão é a intolerância religiosa.
O governo iraniano levou mais de 8 meses para apresentar contra esses indivíduos, acusações de terem cometido qualquer crime, período este durante o qual nenhuma evidência contra eles foi levantada. As acusações são, portanto, politicamente motivadas. Por isso, há uma grande preocupação diante da possibilidade de as autoridades iranianas agora utilizarem os sete baháís como bodes expiatórios para demonstrar à população o seu poder.
A Fé Baháí no Irã conta com cerca de 300 mil seguidores, o que a torna a maior minoria religiosa não-mulçumana no país. Há hoje pelo menos 40 baháís em detenção por todo o Irã. Somente no mês de abril foram relatadas prisões em seis cidades.
A continuada perseguição à comunidade baháí no Irã degrada todas as pessoas daquele país. A detenção arbitrária e o alvejamento de membros de uma única comunidade não devem ser tolerados em nenhum país, incluindo o Irã.
A União Européia declarou expressamente em nome de seus 27 membros, no último dia 25, sua preocupação sobre a crescente violação da liberdade religiosa no Irã, dedicando um parágrafo da declaração à situação dos baháís e seus líderes religiosos que permanecem presos há mais de um ano. Austrália e outros países também vêm expressando sua preocupação. O Brasil ainda não o fez.
O país que se omite diante dessas barbaridades não só deixa de pleitear pela vida dessas pessoas, como também está sinalizando ao mundo que os signatários da Declaração Universal dos Direitos Humanos podem desrespeitar suas cláusulas sem qualquer tipo de impedimento ou punição.
Solicito que este pronunciamento seja amplamente divulgado nos meios de comunicação desta Casa e que seja também encaminhado ao Presidente Lula e ao Ministro Celso Amorim.
Era o que tinha a Dizer.
Sr. Luiz Couto (Deputado Federal, PT - PB)
Brasília, 09/07/2009 -
O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, no próximo dia 11 de julho, 7 membros da Fé Bahái serão julgados no Irã, com a acusação de espionar para Israel, insultar santidades religiosas, fazer propaganda contra a República Islâmica e espalhar corrupção na Terra.
Como esses crimes são punidos com a pena de morte, está claro que são acusações infundadas.
A Anistia Internacional lançou uma ação urgente conclamando seus associados a enviarem e-mails ao Governo iraniano solicitando libertação desses líderes.
Sr. Presidente, este é o pronunciamento que faço. E peço que seja dada a devida publicidade ao inteiro teor deste pronunciamento.
Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Venho aqui relatar a dramática situação em que se encontram os que professam a Fé Baháí no Irã. Como é do conhecimento dos nobres colegas, sete membros da liderança baháí, conhecidos como amigos do Irã, grupo responsável por atividades comunitárias no país, estão presos no Teerã há mais de um ano.
O julgamento está marcado para o próximo dia 11 de julho com as acusações de espionar para Israel, insultar santidades religiosas, fazer propaganda contra a República Islâmica e espalhar corrupção na terra. Como esses crimes são punidos com a morte e está claro que são acusações infundadas, a Anistia Internacional lançou uma Ação Urgente conclamando seus associados a enviarem e-mails para o governo iraniano solicitando a libertação desses líderes.
Em meio às turbulentas manifestações relacionadas com os resultados das eleições presidenciais iranianas, o mundo pôde observar o grau de violência dos ataques de forças paramilitares contra civis, realizadas com o aval explícito do Líder Supremo, com a qual são reprimidas quaisquer manifestações contra o status quo vigente. No caso dos baháís, uma minoria religiosa pacífica, a única razão para a opressão é a intolerância religiosa.
O governo iraniano levou mais de 8 meses para apresentar contra esses indivíduos, acusações de terem cometido qualquer crime, período este durante o qual nenhuma evidência contra eles foi levantada. As acusações são, portanto, politicamente motivadas. Por isso, há uma grande preocupação diante da possibilidade de as autoridades iranianas agora utilizarem os sete baháís como bodes expiatórios para demonstrar à população o seu poder.
A Fé Baháí no Irã conta com cerca de 300 mil seguidores, o que a torna a maior minoria religiosa não-mulçumana no país. Há hoje pelo menos 40 baháís em detenção por todo o Irã. Somente no mês de abril foram relatadas prisões em seis cidades.
A continuada perseguição à comunidade baháí no Irã degrada todas as pessoas daquele país. A detenção arbitrária e o alvejamento de membros de uma única comunidade não devem ser tolerados em nenhum país, incluindo o Irã.
A União Européia declarou expressamente em nome de seus 27 membros, no último dia 25, sua preocupação sobre a crescente violação da liberdade religiosa no Irã, dedicando um parágrafo da declaração à situação dos baháís e seus líderes religiosos que permanecem presos há mais de um ano. Austrália e outros países também vêm expressando sua preocupação. O Brasil ainda não o fez.
O país que se omite diante dessas barbaridades não só deixa de pleitear pela vida dessas pessoas, como também está sinalizando ao mundo que os signatários da Declaração Universal dos Direitos Humanos podem desrespeitar suas cláusulas sem qualquer tipo de impedimento ou punição.
Solicito que este pronunciamento seja amplamente divulgado nos meios de comunicação desta Casa e que seja também encaminhado ao Presidente Lula e ao Ministro Celso Amorim.
Era o que tinha a Dizer.
Sr. Luiz Couto (Deputado Federal, PT - PB)
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