Boletim informativo │Número 10 | Novembro 2008
Dos 1.200 delegados e delegadas que, entre os dias 15 e 18 de dezembro próximo, estarão em Brasília para participar da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos – 11ª CNDH, 960 foram eleitos na etapa estadual e distrital, realizada entre os meses de agosto e setembro.
Nesta edição da CNDH estão incluídos, além dos tradicionais movimentos sociais e entidades comprometidas com a causa dos direitos humanos, atores emergentes, tais como comunidades de terreiro, representantes das religiões de matriz africana, grupos LGBT, ciganos, populações ribeirinhas, entre outros segmentos vulneráveis.
A seguir, você confere a trajetória de dois movimentos que se organizaram a partir de necessidades específicas de suas regiões e se fortaleceram com o engajamento de muitos na luta pela garantia de direitos para todas e todos.
Nesta edição da CNDH estão incluídos, além dos tradicionais movimentos sociais e entidades comprometidas com a causa dos direitos humanos, atores emergentes, tais como comunidades de terreiro, representantes das religiões de matriz africana, grupos LGBT, ciganos, populações ribeirinhas, entre outros segmentos vulneráveis.
A seguir, você confere a trajetória de dois movimentos que se organizaram a partir de necessidades específicas de suas regiões e se fortaleceram com o engajamento de muitos na luta pela garantia de direitos para todas e todos.
* Se você quer ver reportada a trajetória do movimento que participa – ou representa –, é só entrar em contato com a Comunicação da 11ª CNDH, para que seja viabilizada a produção de matérias a serem publicadas em nosso site.
Da Bahia para o Brasil No maior país católico do planeta, o Coletivo de Entidades Negras (CEN) surgiu como um contraponto à hegemonia de uma única crença religiosa e como alternativa de luta organizada encontrada por um grupo de pequenas entidades que, mesmo com vários anos de práticas, não conseguiam um diálogo proveitoso com o Estado em suas várias instâncias. As dificuldades motivaram a aglutinação dessas entidades culturais negras, dos segmentos de Terreiros de Candomblé (religiões de matrizes africanas), associações de bairros de periferia (bairros de população negra), blocos afros, afoxés, grupos de reggae, hip-hop, entidades formadas por poetas e poetisas negros, entre outros grupos. “Os recortes dessas entidades são diferentes, mas em comum existem as formulações raciais, o que permitia sentir que boa parte da sua invisibilidade era proposital e fruto do racismo”, explica o coordenador nacional do CEN, Marcos Rezende.
O Coletivo nasceu na Bahia, em 2005, e hoje está estruturado em 12 estados brasileiros, com a promessa de continuar se expandindo. Membro do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, direciona suas ações preferencialmente ao fortalecimento das religiões de matriz africana e às áreas de gênero e juventude. “Entramos para o Fórum como uma entidade que poderia contribuir na discussão racial e interiorizar o debate da Conferência Nacional dos Direitos Humanos dentro dos terreiros de Candomblé, comunidades quilombolas e movimento negro. Fomos ouvidos. Participamos, então, da construção da Conferência fazendo parte da Comissão Nacional e também ajudamos a construi-la em diversos estados onde temos atuação”, complementa. Segundo Rezende, além de auxiliar no debate preparatório à 11ª CNDH, o movimento trabalhou para eleger delegad@s com um olhar voltado para a questão etno-racial e de valorização das religiões de matriz africana.
Expectativas
Rezende espera que os participantes da CNDH observem, no âmbito do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), a questão racial com a seriedade que o assunto necessita e merece ser tratado. “Como sabedores que somos de todas as agruras e de violações de direitos humanos possíveis,
Da Bahia para o Brasil No maior país católico do planeta, o Coletivo de Entidades Negras (CEN) surgiu como um contraponto à hegemonia de uma única crença religiosa e como alternativa de luta organizada encontrada por um grupo de pequenas entidades que, mesmo com vários anos de práticas, não conseguiam um diálogo proveitoso com o Estado em suas várias instâncias. As dificuldades motivaram a aglutinação dessas entidades culturais negras, dos segmentos de Terreiros de Candomblé (religiões de matrizes africanas), associações de bairros de periferia (bairros de população negra), blocos afros, afoxés, grupos de reggae, hip-hop, entidades formadas por poetas e poetisas negros, entre outros grupos. “Os recortes dessas entidades são diferentes, mas em comum existem as formulações raciais, o que permitia sentir que boa parte da sua invisibilidade era proposital e fruto do racismo”, explica o coordenador nacional do CEN, Marcos Rezende.
O Coletivo nasceu na Bahia, em 2005, e hoje está estruturado em 12 estados brasileiros, com a promessa de continuar se expandindo. Membro do Fórum de Entidades Nacionais de Direitos Humanos, direciona suas ações preferencialmente ao fortalecimento das religiões de matriz africana e às áreas de gênero e juventude. “Entramos para o Fórum como uma entidade que poderia contribuir na discussão racial e interiorizar o debate da Conferência Nacional dos Direitos Humanos dentro dos terreiros de Candomblé, comunidades quilombolas e movimento negro. Fomos ouvidos. Participamos, então, da construção da Conferência fazendo parte da Comissão Nacional e também ajudamos a construi-la em diversos estados onde temos atuação”, complementa. Segundo Rezende, além de auxiliar no debate preparatório à 11ª CNDH, o movimento trabalhou para eleger delegad@s com um olhar voltado para a questão etno-racial e de valorização das religiões de matriz africana.
Expectativas
Rezende espera que os participantes da CNDH observem, no âmbito do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), a questão racial com a seriedade que o assunto necessita e merece ser tratado. “Como sabedores que somos de todas as agruras e de violações de direitos humanos possíveis,
Leia este boletim na íntegra no site oficial da Conferência – clique aqui.
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