CIDADE DE QUEBEC, Canadá, 8 de julho de 2008 (BWNS) –
Muçulmanos em direção a Meca, judeus em direção a jerusalém, Cristãos em direção a Belém, Budistas em direção a Lumbini – e bahá'ís em direção a Acre.
Os peregrinos dirão que a beleza externa é apenas um símbolo, uma expressão de amor pelos Mensageiros de Deus que aí jazem sepultados e um farol de esperança para o futuro da humanidade.
Embora os dois santuários tenham significado específico para os bahá'ís, sua natureza espiritual atrai os outros também.
Visitantes, turistas e perregrinos
Meio milhão de pessoas visitaram a área do santuário no último ano, muitos deles turistas querendo apreciar os jardins e ver de perto especialmente o Santuário do Báb, um famoso ponto de referência em Israel que observa a cidade de Haifa e a baía de Haifa, e mais além o Mar Mediterrâneo.
Mais de 80.000 desses visitantes entraram no próprio santuário, tirando seus sapatos e entrando silenciosamente na sala adjacente à câmara do sepulcro do Báb. Alguns apenas queriam espiar, mas muitos demoraram para ler uma prece de Bahá'u'lláh que adorna uma das paredes, ou para se dedicar à sua meditação e prece. Alguns ficam visivelmente comovidos.
“Houve um grupo de católicos, e todos se ajoelharam assim que entraram”, lembra um dos guias.
Peregrinos bahá'ís participam de um programa especial de nove dias que inclui visitas aos santuários. Os guias dizem que os indivíduos têm diferentes reações em realção à experiência.
"A resposta é tão variada quanto as pessoas que vêm”, diz Marcia lample, uma guia de peregrinos nos últimos cinco anos.
Algumas pessoas, por exemplo, não conseguem entrar imediatamente no santuário quando chegam. “Elas se sentem sem merecimento”, explica. Para outros os santuários são como ímãs que os puxam para dentro.
O Santuário de Bahá'u'lláh
O Santuário de Bahá'u'lláh é o lugar mais sagrado da terra para os bahá'ís – o ponto a que se dirigem em oração todos os dias.
“No interior é surpreendente” diz Farzin Rasouli-Seisan, de 26 anos, vindo em peregrinação de Sidney, Austrália. “Ao entrar, chegamos a um jardim interno – em que há flores e um par de árvores, tudo isso debaixo da luz do dia. Há várias salas e uma delas é o sepulcro de Bahá'u'lláh. Não se pode entrar nessa sala, mas há um degrau em que se pode colocar a cabeça.”
A Sra. Rafati fala sobre a permanência nos santuários: “Não é que estejamos adorando o pó ou uma parede – é a ligação que o lugar tem com o nosso bem-amado. Não vamos lá para adorar as flores. Vamos lá para esvaziar nosso coração.”
O santuário é especial também porque é adjacente à casa de campo em que Bahá'u'lláh viveu os últimos anos de Sua vida. Os peregrinos podem ir lá e entrar em Seu quartro – o quarto em que Ele faleceu em 1892 – restaurado à condição de quando Ele estava presente. Alguns de Seus pertences podem ser vistos.
Nos últimos anos de Sua vida, Bahá'ulláh viveu na propriedade rural, chamada Bahjí, depois de as autoridades afrouxarem as restrições que O haviam mantido na cidade-prisão de Acre durante anos após Seu banimento do Irã, Sua terra natal.
A cúpula dourada de Haifa
Antes de Seu passamento, Bahá'u'lláh pôde ir diversas vezes nas proximidades de Haifa e deu instruções explícitas para estabelecer o Santuário do Báb no Monte Carmelo.
O Báb – que em 1844, no Irã, anunciara que Ele era um Mensageiro de Deus que veio para predizer a iminente vinda de um segundo Mensageiro ainda maior que Ele próprio, a saber, Bahá'u'lláh – havia sido executado em 1850 na praça pública em Tabriz. Seus seguidores esconderam Seus restos durante anos, esperando o tempo em que pudessem providenciar um sepultamente apropriado.
A cúpula dourada que coroa o santuário, foi completado em 1953 juntamente com uma extensão de jardins mais antigos do lugar. Em 2001, uma série de belíssimos jardins e patamares foi completado, extendendo-se para acima e para abaixo do santuário num total de mais de um quilômetro na encosta do Monte Carmelo.
A experiência de um peregrino
Os bahá'ís planejam e guardam dinheiro durante anos para poderem vir a Acre e Haifa, diz a Sra. lample.
“Eles têm a oportunidade de orar no lugar em que o fundador de sua Fé caminhou, onde Ele revelou a palavra de Deus, onde Ele sofreu por eles e pela unidade da raça humana”, diz ela. “E principalmente eles vêm para orar nos lugares que contêm os preciosos restos das figuras centrais de sua religião.”
Roger e Cathy Harmik, que vivem na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, vieram em junho para sua primeira peregrinação.
“Nós estamos casados há quase 30 anos, e todo esse tempo tínhamos o desejo de vir”, diz a sra. Harmik. “Ir aos santuários é como a culminação de uma jornada espiritual de uma vida toda. Como se pode comparar qualquer coisa a colocar a testa no sagrado limiar?”
A peregrinação também ajuda os bahá'ís a verem a prática de sua fé, diz o Sr. Harmik. O principal ensinamento da Fé bahá'í é a unidade do gênero humano sob a proteção de um Deus, e as pessoas que vêm à Terra Santa encontram bahá'ís do mundo todo.
“Há tamanho júbilo em experienciar a unidade da família humana”, diz ele. “É diferente de tudo que jamais fiz.”
Ainda assim, diz ela, o principal objetivo da peregrinação é orar e meditar nos santuários, e é quase sempre uma experiência especial.
“As pessoas podem encontrar algo”, diz ela. “Há um espírito que circunda esses lugares. É palpável. As pessoas podem sentir a presença de Deus."
Um comentário:
Aguardo ansiosamente minha oportunidade de visitar os santuários sagrados.Faltam 4 anos. =)
Essa notícia é uma prova da magnitude da revelação de Bahá'u'lláh, uma grande conquista para nós seguidores de Bahá.
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