fonte: http://www.bwns.org/story/645
NOVA YORK - Atos incendiários contra casas e veículos foram as mais recentes táticas dirigidas contra os bahá’ís no Irã.
“No inicio da manhã do dia 18 de julho, a casa da família Shaaker, em Kerman, foi consumida em chamas, apenas algumas semanas após ter tido seu carro incendiado e ter recebido uma onda de ameaças telefônicas”, disse Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í junto às Nações Unidas.
“Como já era de se esperar, tendo em vista os maus tratos que a Comunidade Bahá’í no Irã vem sofrendo rotineiramente, os oficiais que investigavam o incêndio ignoraram ou tentaram descartar os óbvios sinais da atividade suspeita, incluindo uma explosão, dizendo simplesmente que foi resultado de um problema elétrico”, disse ela.
Pelo menos uma dúzia de casos de incêndio tendo os bahá’ís do Irã como alvo foram relatados nos últimos 15 meses, disse Dugal.
Ela deu os seguintes exemplos:
-- 15 de julho (1h15am): Coquetéis Molotov foram lançados em frente ao quintal da casa do Sr. Khusraw Dehghani e de sua esposa, Dra. Human Agahi, em Vilashahr, apenas meses após receber ameaças anônimas relacionadas a ela ser bahá’í, forçando a Dra. Agahi a fechar sua clínica que ficava nas proximidades de Najafabad, onde atendia há 28 anos.
-- 25 de julho: O carro de um proeminente bahá’í em Rafsanjan, na província de Kerman, foi incendiado e destruído por incendiários em motocicletas. Soheil Naeimi, o proprietário do carro e outras dez famílias Bahá’ís na cidade, receberam cartas com ameaças de um grupo que atende pelo título de Movimento Jovem Anti-Baha'ismo de Rafsanjan (Anti-Baha’ism Movement of the Youth of Rafsanjan), que entre outras coisas ameaça iniciar o Jihad (Guerra Santa) contra os bahá’ís.
-- 10 de junho: Uma dependência da propriedade do Sr. e Sra. Mousavi - idosos Bahá’ís que vivem na aldeia de Tangriz na província de Fars – estava encharcada de gasolina quando foi consumida pelo fogo. O casal, junto com seus dois filhos que estavam dormindo próximo ao edifício, escaparam por pouco de quaisquer ferimentos quando o tanque de gasolina, usado para iniciar o incêndio, explodiu. Os Mousavi acreditam que o autor do crime achava que todos estivessem dormindo na dependência quando ele iniciou o incêndio. O Sr. Mousavi emitiu uma queixa formal contra a pessoa que ele suspeitava, mas o tribunal recusou levar o caso adiante porque o suspeito jurou sobre o Alcorão sua inocência. Por respeito ao Alcorão, a família Mousavi retirou a queixa contra o suspeito.
-- 4 de abril: A casa de um bahá’í foi incendiada em Babolsar, norte do Irã.
-- Fevereiro: Em Shiraz, um empresário foi agredido no meio da rua, amarrado em uma árvore, encharcado de gasolina e atacado por pessoas desconhecidas que então tentaram incendiá-lo jogando fósforos acesos contra seu corpo.
-- Fevereiro: Também, em Shiraz, várias tentativas foram desempenhadas a fim de incendiar veículos e uma casa pertencentes a bahá’ís.
-- 1 de maio de 2007: Um incêndio destruiu a casa de ‘Abdu’l-Baqi Rouhani, na aldeia de Ivil, em Mazandaran.
-- Em Karaj, um lote que pertencia aos bahá’ís do cemitério local foi tomado em chamas.
"Estes últimos ataques seguem a tentativa das autoridades de privar a comunidade bahá'í iraniana de sua liderança,”, disse Dugal, referindo-se às prisões feitas dos sete membros do grupo coordenador nacional dos Bahá’ís em março e maio deste ano, todos ainda presos na Prisão de Evin em Teerã sem possibilidade de fiança e sem acesso a advogado ou aos seus familiares.
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