fonte: http://edition.cnn.com/2008/WORLD/meast/07/29/iran.arson/
(CNN) - a Comunidade Bahá'í do Irã - uma minoria religiosa que tem enfrentado perseguições na República Islâmica - reporta uma série de ataques incendiários a casas e veículos.
Uma casa "foi consumida em chamas" em Kerman em 18 de julho, apenas algumas semanas após o carro dos residentes ter sido incendiado, disseBani Dugal, principal representante da Comunidade Internacional Baha'i junto às Nações Unidas. Tais incidentes se seguiram a uma série de ameaças telefônicas, informou Dugal.
“Como já era de se esperar, tendo em vista os maus tratos que a Comunidade Bahá’í no Irã vem sofrendo rotineiramente, os oficiais que investigavam o incêndio ignoraram ou tentaram descartar os óbvios sinais da atividade suspeita, incluindo uma explosão, dizendo simplesmente que foi resultado de um problema elétrico”, disse ela. O grupo listou diversos incidentes desde fevereiro, e Dugal relatou que pelo menos uma dúzia de casos de incêndio de propriedades bahá'ís ocorrerarm nos últimos 15 meses.
Mohammad Mohammadi, representante de imprensa da delegação Iraniana junto às Nações Unidas em Nova Iorque, disse que os bahá'ís estã apenas repetindo alegações que fizeram anteriormente.
"Eles estão cheios de alegações, que não são verificadas por ninguém," disse ele.
Os ataques, reportados na segunda-feira pelo movimento bahá'i, vieram no encalso das prisões de sete membros do grupo coordenador nacional dos bahá'ís ocorridos em março e maio. Os bahá'ís dizem que os sete estão presos na Prisão de Evin, em Teerã, sem acusações.
"Estes últimos ataques seguem a tentaiva das autoridades de privar a comunidade bahá'í iraniana de sua liderança," disse Dugal.
"Ao companhar com preocupação essa escalada de violência, os temores dos bahá'ís de todo o mundo ... de que um plano sinistro de perseguição esteja se revelando estão rapidamente se confirmando. Sua única esperança é que suficientes vozes de protesto sesjam elevadas ao redor do mundo para compelir o governo do Irã a colocar um ponto final a esta violência."
Sarah Leah Whitson, diretora de Oriente Médio da Human Rights Watch, afirmou que "houve um cresimento" na repressão à comunidade bahá'í no Irã."Ataques incendiários como este seriam um resultado natural da mais recente campanha do governo para vilipendiar e atacar a comunidade bahá'í, desacreditando a eles e a suas crenças na imprensa com vários artigos anti-bahá'ís na imprensa oficial governamental e prendendo vários de seus líderes comunitários sob acusações ainda não especificadas," disse Whitson, da Human Rights Watch.
"Quando as mais altas autoridades religiosas insistem em caracterizar os bahá'ís como apóstatas e engorajar um clima de ódio contra a comunidade bahá'í, este tipo de reação violenta contra eles é totalmente esperada."
O governo disse que as sete pessoas presas recentemente estão sendo detidas por “motivos de segurança” e que os bahá'ís são membros de um grupo de trabalho “contrário ao interesse nacional”, uma alegação rejeitada pelos bahá'ís.
Os bahá'ís dizem que as prisões recentes são aprte de um padrão de perseguição religiosa que teve início em 1979. Este foi o ano em que a monarquia do Xá do Irã foi destituída e a república Islâmica foi criada.
Os bahá'ís dizem que membros de sua comunidade foram mortos, imprisionados e “oprimidos de outras maneiras” por causa de sua religião.
Dugal informou que as filosofias do governo iraniano são grandemente baseadas na idéia de que não pode haver “nenhum profeta após Mohammed” e que a Fé Bahá'í “é uma ameaça teológica a esta crença”.
Os bahá'ís acreditam que seu fundador Baha'u'llah é o mais recente na linha de Mensageiros de Deus, que remonta para além de tempos registrados e que inclui Abraão, Moisés, Buddha, Krishna, Zoroastro, Cristo e Mohammed.
Os bahá'ís – considerados a maior minoria religiosa não-muçulmana no Irã – dizem que têm 5 milhões de membros por todo o globo, e cerca de 300.000 no Irã.
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