Entre
domingo e segunda-feira os bahá’ís celebrarão o nascimento de
Bahá'u’lláh, Fundador da Fé Bahá’í. A mais recente religião
mundial soma um contingente de cerca de 7 milhões de seguidores –
os
bahá’ís –
dos
quais 65 mil estão no Brasil. Bahá’u’lláh nasceu na antiga
Pérsia, atual Irã, no dia 12 de novembro de 1817. A importância
desta data é análoga à celebração do nascimento de Cristo para
os cristãos. Composta por uma parte social, pela leitura de
Escrituras Sagradas e orações, a programação também inclui
palestras e apresentações artísticas que inspiram e comovem os
participantes. A comemoração do aniversário de Bahá’u’lláh é
aberta ao público e acontece nos 27 estados brasileiros e nos 178
países onde a Fé Bahá’í se faz presente.
“Ao
conhecer amigos que estavam sempre dispostos a ajudar no exercício
da cidadania mundial e a compaixão ao próximo, fui atraído
instintivamente”, disse o gaúcho Leandro Missel, que mora
atualmente em Brasília e participará do evento na cidade. “Antes
eu acreditava em Cristo, hoje eu compartilho da realidade espiritual
de todas as religiões; acredito em Moisés, Abraão, Muhammad,
Krishna, Buda, Báb e Bahá'u'lláh: todas são movidas pelo amor”,
explica ele.
Bahá’u’lláh
trouxe a perspectiva de que todas as religiões são de origem divina
e seus Fundadores, os grandes Profetas, renovam os Ensinamentos
Divinos para a humanidade de tempos em tempos. É por isso que os
bahá’ís prestam grande respeito à todos estes Educadores
Divinos.
Além
da unidade orgânica da religião, da humanidade e de Deus,
Bahá'u'lláh profetizou no século XIX a importância da igualdade
de direitos entre homens e mulheres e a eliminação de todas as
formas de preconceito. “Todos os Mensageiros de Deus encontraram
provações e, com Bahá'u’lláh não foi diferente. Ele foi
perseguido e exilado por 40 anos, exclusivamente, por professar
ensinamentos revolucionários para a época”, reflete Guilherme
Nunes, de 26 anos, da Comunidade Bahá´í de Dourados (MS).
“Ele
veio para acabar com as divisões, preconceitos e injustiças,
visando unir os diversos povos e raças discordantes e estabelecer a
paz no mundo”, explica Guilherme. “Por isso, Bahá’u’lláh
exortou a todos a deixarem de lado suas diferenças e se esforçarem
para transformar este mundo em um lugar melhor”, completa o jovem
que se sente honrado em participar do evento em sua cidade.
Quando
Bahá’u’lláh ainda era uma criança, seu pai, Vizir, teve um
sonho com seu filho imerso em um oceano. “Uma multidão de peixes
aglomerava-se em torno dEle, segurando-se cada um à extremidade de
um fio de cabelo”, narrou Nabil-i-A'zam no volume um do livro os
Rompedores da Alvorada. “Embora fossem tão numerosos, e tão
tenazmente se apegassem aos Seus cabelos, nem um só fio parecia ter
sido tirado de Sua cabeça, nem o menor dano atingia Sua pessoa.
Livre e sem estorvo, Ele se movia sobre as águas e todos O seguiam”,
conta Nabil. Esse sonho previa o destino de Bahá’u’lláh como
Aquele que guiaria a humanidade para a compreensão de que “A Terra
é um só país e os seres humanos seus cidadãos”.
No
Brasil, a Comunidade Bahá’í é reconhecida por sua ação social
com crianças, jovens e adultos, sua atuação na área de direitos
humanos e por estabelecer projetos de desenvolvimento sócioeconômicos
em diversas regiões do país.
Para
mais informações sobre a celebração, em mais de mil cidades
brasileiras, entre em contato pelo endereço eletrônico:
info@bahai.org.br.
Nenhum comentário:
Postar um comentário