Conhecer os
lugares sagrados da Fé Bahá’í por
meio da peregrinação à
Terra Santa é uma experiência física e espiritual transformadora.
‘Abdu’l-Bahá dizia que “Os lugares sagrados são, sem dúvida,
centros de efusão da graça Divina, já que ao
entrar nos luminosos
lugares relacionados com a
memória dos mártires e almas santas, e
ao reverenciá-los, tanto física como espiritualmente, nosso coração
se comove enormemente1”.
Os
brasileiros que fazem a peregrinação voltam
para casa com sua
energia espiritual renovada. Em busca desta
experiência, dois grupos de brasileiros tiveram a oportunidade de
realizar a peregrinação ao Centro Mundial Bahá’í em maio de
2012.
Por fortalecerem sua ligação com as Figuras Centrais da Fé2
e com o centro espiritual da Fé Bahá’í,
os peregrinos
dedicam-se com um entusiasmo e
senso de responsabilidade ainda
maiores às atividades centrais de suas comunidades.
“A
peregrinação deve produzir efeito em cada aspecto de
nossas
vidas”, explica Djamile Carreiro, de Vitória
(ES), que teve a
oportunidade de fazer parte de
um dos grupos mais recentes.
“Não
é à toa que todo servo, após declarar seu
amor por Bahá’u’lláh,
anseia conhecer a terra mais
sagrada, tocada pelos passos da Glória
de Deus,
abençoada pela presença de Sua luz e majestade”,
declara a jovem peregrina de 22 anos. “Esse encontro ímpar foi
causa de frescor e deleite para a
minha alma”, diz ela,
relembrando trechos das Escrituras Sagradas.
Vários
peregrinos relatam que, ao retornar à sua comunidade de origem,
sentem-se imbuídos de atuar
cada vez mais como agentes de
transformação. “A
vontade de melhorar o mundo cresce pela
própria
conscientização de que natureza humana é espiritual e
que todos somos responsáveis pela construção
de um mundo que
reflita os valores morais e princípios espirituais mais elevados”,
afirma Hosseyn
Shayani, do Desk Nacional de Peregrinação.
Hosseyn
destaca que ainda existem vagas para participação em dois grupos de
peregrinação este ano:
um com saída programada para o dia 25 de
novembro e outro para o dia 10 de dezembro. A partir de
outubro,
novos grupos nacionais de peregrinação
poderão se beneficiar do
apoio do Desk Nacional de
Peregrinação, criado em 2010 para
auxiliar bahá’ís do
Brasil e seus familiares a visitarem a Terra
Santa.
“Os novos
grupos são formados quando há ao menos 20 pessoas interessadas em
realizar a peregrinação em um mesmo período”, explica ele. “Para
facilitar o planejamento e auxiliar os peregrinos
durante toda a
viagem, é preciso que cada grupo
nacional escolha uma pessoa que
lidere o processo, servindo como interlocutor com o Desk Nacional”,
informa Hosseyn. “É preciso também que haja
uma pessoa
responsável por fazer a tradução de
todo o programa para o
português, garantindo
que todos os participantes possam aproveitar
ao
máximo essa experiência única”, ressalta ele.
Bahá’ís
e seus familiares diretos que não tenham
realizado peregrinação
nos últimos cinco anos e
nem
apresentem restrições administrativas são
elegíveis para fazer
parte dos grupos nacionais.
Para mais informações, escreva para o
Desk de Peregrinação: desk_peregrinação_brasil@bahai.org.br.
A Terra
Santa e seus mistérios
O Centro
Mundial Bahá’í localiza-se no Monte Carmelo, na cidade de Haifa,
Israel. Seus edifícios administrativos foram construídos em formato
de arco,
conforme designado por Bahá’u’lláh na Epístola do
Carmelo. Os edifícios do Arco incluem a Casa Universal de Justiça,
o Centro Internacional de Ensino, os Arquivos Internacionais e o
Centro de Estudos de Textos
Sagrados. No futuro, o projeto será
concluído com a
construção da Biblioteca Internacional Bahá’í.
A
terminologia “Arco” possui base simbólica. Além da
disposição
física dos edifícios, é uma metáfora relacionada à Arca de Noé
e à Arca do Convênio das escrituras judaicas, cristãs e
muçulmanas.
O Arco bahá’í foi construído ao redor do Santuário
do
Báb, um dos Lugares Sagrados mais importantes para
a Fé
Bahá’í. Os restos mortais do Báb permaneceram
escondidos
durante décadas até que pudessem ser
depositados no local
designado por Bahá’u’lláh. A
estrutura inicial foi
posteriormente complementada
com um suntuoso monumento conhecido
como “a
Rainha do Carmelo”.
Em Bahjí, a
30km da cidade de Haifa, repousam os
restos mortais de Bahá’u’lláh.
O local também é cercado por jardins simétricos. Os Lugares
Sagrados
Bahá’ís em Israel incluem ainda a mansão de Mazra’íh
– onde Bahá’u’lláh permaneceu em prisão domiciliar
entre
1877 e 1879 – e o Jardim do Ridván, um local de
águas correntes
no qual Bahá’u’lláh costumava contemplar a natureza à Sua
volta, após deixar a cela em
que foi confinado na cidade prisão de
‘Akká.
Os lugares sagrados bahá’ís receberam o título de
“oitava maravilha do mundo” e, desde 2008, são considerados
pela Unesco o primeiro local de patrimônio
da humanidade ligado a
uma tradição religiosa dos
tempos
modernos.
Quando
retornamos da Terra Santa o nosso senso de
propósito foi
fortificado, temos mais clareza de visão sobre a importância do
serviço voltado ao bem comum.
Voltei com ainda mais energia para o
serviço: organizo
reuniões sobre temas significativos duas vezes
ao mês,
apoio um grupo de pré-jovens e faço a revisão do livro
‘Liberando os potenciais dos pré-jovens’; na Universidade
Federal do Espírito Santo, promovo a campanha
internacional ‘Você
Pode Resolver Isso?’, em defesa dos estudantes
iranianos impedidos de frequentar o ensino
superior no Irã. Além
disso, estou ajudando nos preparativos do II Encontro de Jovens do
Sudeste, que acontecerá de 2 a 4 de novembro, no Espírito Santo.”
“Sinto-me
como um grão de areia diante da grandeza de Deus. Na Terra Santa
visualizamos a amplitude da Fé Bahá’í. É uma experiência
incrível pisar
nos locais em que Bahá’u’lláh esteve anos
atrás. Eu
me lembrava com tristeza dos sofrimentos que Ele
viveu e
de todas as privações dos mártires da Fé e de
Sua família. A
harmonia dos ensinamentos bahá’ís
e a beleza estética dos
locais sagrados, juntamente
com a organização dos departamentos de
limpeza,
jardinagem, segurança e todos os demais, mostram
nitidamente a eficiente administração da Casa Universal de
Justiça.
Tivemos o
privilégio de participar de palestras
de membros da Instituição
Máxima da Fé Bahá’í e também do
Centro Internacional de Ensino. Percebemos ainda mais a nossa
responsabilidade pela transformação
deste mundo enfermo. Na minha
comunidade, tento ajudar ao máximo
nas atribuições da Assembleia Espiritual Local, apoio um círculo
de estudo do livro Reflexões sobre a Vida do
Espírito e ofereço
semanalmente duas reuniões
devocionais.”
Esse
artigo foi publicado no Bahá'í
Brasil Nº 34, na página 8.
1
‘Abdu’l-Bahá, prefácio do livro “Visita aos Lugares Sagrados
Bahá’ís”.
2
As três figuras centrais da Fé Bahá’í são: Bahá’u’lláh,
Fundador da religião; O Báb, Mensageiro de Deus cuja missão foi
preparar a humanidade para a vinda de Bahá’u’lláh; e
‘Abdu’l-Bahá, filho mais velho de Bahá’u’lláh, apontado
por Seu Pai como o Intérprete de Seus Ensinamentos e o Centro de
Seu Convênio.
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