Não se pode fechar os olhos para as atrocidades cometidas no Brasil e no mundo, que culminam em graves violações de direitos humanos onde em diversos casos, são ignoradas pelos Estados ou até mesmo pela comunidade internacional.
Em alguns países como é o caso da República Islâmica do Irã a situação é ainda mais preocupante. Após analisar toda a conjuntura dos direitos humanos empregados naquele Estado, a Assembleia Geral da ONU, no último dia 21 de dezembro de 2010 aprovou uma Resolução condenando a república dos Aiatolás, por graves violações de direitos humanos.
A Resolução foi votada na Assembléia Geral da ONU, e contou com 80 votos a favor da resolução, 44 contra e 57 abstenções. Neste último caso, encontra-se o Estado Brasileiro, Índia, África do Sul, Egito e outros. A ausência de posicionamento do Brasil em relação a violações de direitos humanos é um ato preocupante, se abster de condenar um país que apedreja, tortura, persegue, executa, dentre outras práticas desumanas, é abrir uma porta para a impunidade e para a continuidade dessas políticas repressivas daquele Estado. Mesmo diante deste contexto político a nova presidenta eleita no Brasil, Dilma Rousseff, em entrevista ao jornal norte-americano Washington Post, defendeu a atuação da política externa do atual Presidente do Brasil, Lula, destacando que ele sempre atuou em prol dos direitos humanos, contudo o posicionamento da presidenta é contrário ao que parece ser o de Lula, pois ela disse não concordar com as práticas de violações de direitos humanos praticadas contra as mulheres no Irã.
É necessário que haja uma coerência no posicionamento brasileiro em fóruns bilaterais e multilaterais no que tange a prevalência dos direitos humanos de sua política externa, como é o caso do Irã. Ficou visível no ano de 2010 que o Brasil e o Irã têm grande proximidade e é por essa aproximação bilateral que o Estado brasileiro deveria utilizar sua influência no sentido de assegurar os direitos humanos no Irã.
O GAJOP como representante da sociedade civil está sensibilizado com a situação de direitos humanos no Irã e principalmente com o tratamento que é dado aos 350 mil Bahá'ís que vivem naquele país. O Brasil utilizando-se da sua força política pode ajudar através de políticas externas para que os bahá'ís que estão presos no Irã possam ser libertados. Através de políticas como estas é que se podem garantir o direito de pequenas minorias étnicas, raciais, mulheres e defensores de direitos humanos em estados violadores de direitos humanos.
É de extrema importância que o Estado brasileiro informe à população o que está sendo feito para a proteção e promoção dos direitos humanos no Brasil e no mundo, e como se dá a atuação do país em casos de violação de direitos humanos em outros Estados, como ocorre no Irã.
O grande questionamento que deve ser feito pela população é, por que em diversos casos de violação de direitos humanos em países que o Brasil tem relações econômicas ele se torna omisso? Não se pode dizer ao certo, contudo a incoerência apontada nos últimos anos só nos faz refletir sobre a real política de direitos humanos adotada pelo Estado Brasileiro.
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