"Embora saibamos pouco sobre o que realmente aconteceu no tribunal, agora podemos dizer com certeza que estes sete bahá'ís inocentes enfrentaram e rejeitaram firmemente todas as acusações contra eles", disse Diane Ala'i, da Comunidade Internacional Bahá'í.
"Podemos dizer também que, com base no clamor internacional que acompanhou a primeira sessão do julgamento, o mundo está acompanhando este processo de perto e que o governo iraniano será responsabilizado por quaisquer injustiças", disse ela.
No dia 11 de janeiro o Departamento de Estado Americano emitiu uma declaração condenando o governo iraniano pelas acusações feitas aos sete bahá'ís presos há mais de vinte meses. Também condenaram o fato de que as evidências contra os bahá'ís não foram divulgadas publicamente, e criticaram o acesso limitado da assessoria jurídica aos prisioneiros.
No dia 12 de janeiro, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), enviou um Requerimento de Informação ao Embaixador do Irã, Mohsen Shaterzadeh, sobre o procedimento do julgamento. O Deputado Federal Chico Alencar pediu o empenho do Presidente Lula, do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do Ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, bem como da Embaixada do Irã no Brasil, já que “para o próprio governo do Irã, um julgamento transparente e o fim de qualquer perseguição religiosa ou cultural significarão um avanço nas suas relações com a comunidade internacional, incluindo o Brasil”.
No mesmo dia, a União Européia também emitiu uma declaração manifestando sua preocupação e relembrando que “a liberdade de pensamento, consciência e religião é um direito fundamental e inegável que deve ser garantido sob qualquer circunstância, em conformidade com o artigo 18 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, o qual a República Islâmica do Irã assinou e ratificou”.
As acusações contra os sete, de acordo com os meios de comunicação estatais iranianos, foram: espionagem, "propaganda contra a ordem islâmica", o estabelecimento de uma "administração ilegal", cooperação com Israel, envio de documentos secretos para fora do país, atuação contra a segurança do país, e "corrupção na terra".
Os sete estão detidos na prisão de Evin, em Teerã, e passaram o primeiro ano de prisão sem qualquer acusação formal ou acesso a advogados. São eles a Sra. Fariba Kamalabadi, o Sr. Jamaloddin Khanjani, Sr. Afif Naeimi, Sr. Saeid Rezaie, Sra. Mahvash Sabet, o Sr. Behrouz Tavakkoli, e o Sr. Vahid Tizfahm.
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