
Foi realizada nesta quarta-feira, dia 12, a palestra “Perseguição Religiosa e Direitos Humanos”, no Auditório do Centro Sócio-Econômico (CSE), ministrada pelo professor Jonny Carlos da Silva, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC. O coordenador do Curso de Relações Internacionais da Universidade, Jaime Coelho, abriu a palestra falando sobre a importância do tema e da visão ampla que o profissional da área precisa ter, suas perspectivas ideológicas.
O palestrante, que é da religião BAHAI desde 1985, explicou para os presentes a origem da fé BAHAI e até os conflitos e perseguições que os seguidores sofrem no Irã. Para Silva, todas as perseguições têm uma origem em comum, a ignorância, que é a principal causa do declínio do povo.
O professor deu um exemplo dentro da própria Universidade sobre a distância que as pessoas criam, a “síndrome do rio”. “Aqui na UFSC tem um rio que separa alguns Centros Universitários fisicamente, e acaba separando-os intelectualmente também. Temos que criar pontes dentro da gente”, concluiu Silva.
A religião BAHAI foi fundada por Bahá`u`lláh (em árabe significa Glória de Deus), na Pérsia (atual Irã), em meados do século XIX. São cerca de seis milhões de seguidores espalhados por 178 países. A religião tem suas próprias leis e escrituras sagradas, não possui clero e rituais, e

O palestrante afirma que “a idéia de haver Mensageiros de Deus depois de Muhammad é visto por muitos mulçumanos como heresia”. Desde a formação da República Islâmica no Irã, jovens bahá’ís são impedidos de ter acesso ao ensino. Além disso, muitos seguidores foram mortos, presos ou tiveram seus bens confiscados. “É um apartheid de fundo religioso, não se vê a cor, mas a consciência”, lamentou Silva.
O palestrante é engenheiro mecânico pela UFPB, mestre e doutor em Engenharia Mecânica pela UFSC. Desde 1993 é professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, além de ser membro do Comitê Editorial do International Journal of Fluid Power e co-autor do livro Projeto Integrado de Produtos, Editora Manole, 2008.
Por Fernanda Burigo / Bolsista de Jornalismo na Agecom/ Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
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