BRASÍLIA (Com informações de Genebra) – O julgamento das sete lideranças bahá'ís presas no Irã foi postergado para o dia 18 de outubro, conforme informações recebidas hoje pela Comunidade Internacional Bahá'í.
De acordo com Diane Ala’i, a representante da Comunidade Internacional Bahá'í para as Nações Unidas em Genebra, após um pedido de adiamento realizado pelo Sr. Hadi Elsmaielzadeh e a Sra. Mahnaz Parakand—advogados do Centro de Defensores de Direitos Humanos que estão representando os sete bahá'ís — a corte decidiu postergar a audiência por dois meses.
Dois advogados sêniores, membros do time de advogados, a Prêmio Nobel Sra. Shirin Ebadi e o Sr. Abdolfattah Soltani encontravam-se impedidos de participar da audiência, uma vez que a Sra. Ebadi está fora do país e o Sr. Soltani está preso, tendo sido detido em 16 de junho de 2009 na onda dos tumultos civis que se seguiram à eleição presidencial no Irã.
“Nossa esperança agora é que nossos sete correligionários inocentes sejam libertados sob fiança”, disse a Sra. Ala’i.
Os sete prisioneiros bahá'ís são: Sra. Fariba Kamalabadi, Sr. Jamaloddin Khanjani, Sr. Afif Naeimi, Sr. Saeid Rezaie, Sra. Mahvash Sabet, Sr. Behrouz Tavakkoli, e Sr. Vahid Tizfahm. Todos, a exceção da Sra Sabet, foram presos em 14 de maio de 2008 em suas casas em Teerã. A Sra. Sabet foi presa em 5 de março de 2008 enquanto estava em Mashhad. Desde então, os sete encontram-se detidos na prisão de Evin, em Teerã, sem acusações formais e sem acesso a seus advogados.
Informações na mídia oficial iraniana disseram que os sete serão acusados de “espionagem para Israel, insultar santidades religiosas e de propaganda contra a república Islâmica”.
A Comunidade Internacional Bahá'í rejeita categoricamente todas as acusações contra os sete, afirmando que eles estão detidos exclusivamente por causa de perseguição religiosa.
No Brasil, o representante de Ações com a Sociedade e o Governo da Comunidade Bahá'í, Iradj Roberto Eghrari, coloca a importância de o mundo continuar atento para este caso. “Se a sociedade mundial fechar os olhos, é como se estivesse dando carta branca para que as autoridades iranianas procedam com seu plano de erradicar a comunidade bahá'í naquele país. A mobilização é imperativa para que estes sete não sejam martirizados em execuções sumárias, como já vimos acontecer antes”, relembra ele.
Para mais informações:
Diane Ala’i em Genebra/CZ (escritório) +41-(22)-798-5400 ou (celular) +41-(78)-60-40-100
Bani Dugal em Nova Iorque/EUA (escritório) +1-(212)-803-2500 ou (celular) +1-(646)-404-4210
Farhad Sabetan em São Francisco/EUA +1-(925)-461-2903
Iradj Roberto Eghrari em Brasília/BR +55-(61)-8126-3828
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