Na ocasião, os palestrantes abordaram o fato de quem milhões de pessoas de todas as religiões estão em situação de risco em países restritivos aos direitos humanos, em particular, à liberdade de consciência e de crença, destacando essa gravidade em países como Coréia do Norte, Arábia Saudita, Irã e China.
Aldir Guedes Soriano, ressaltou a gravidade das violações do direitos humanos no Irã, citando o fato de que sete líderes bahá'ís estão presos injustamente desde o segundo trimestre de 2008, por motivo de intolerância religiosa desencadeada a partir da revolução islâmica de 1979, e que até hoje persiste. Foi reconhecido que a perseguição religiosa contra bahá'ís iranianos é fato conhecido por juristas brasileiros, e o palestrante lamentou a abstenção do representante brasileiro na votação que resultou na resolução da ONU de novembro de 2008, que condena as gravíssimas violações dos direitos humanos ao Irã.
Ele ainda afirmou que o Brasil deve assumir perante a ONU uma atitude mais incisiva de repúdio ao terrorismo e às graves violações dos direitos humanos, em conformidade com a Constituição de 1988, pois o povo brasileiro está em situação privilegiada por estar em um país em que há um bom nível de liberdade religiosa, e um dos mais democráticos do mundo em termos de liberdade religiosa. Isso impõe um dever moral de auxiliar aqueles que estão em situação de risco nos Estados mais restritivos aos direitos humanos, pois “O Estado deve proteger as pessoas porque elas têm direito de escolha e a religião pode ser um bem a quem a pratica, mas também pode ser um mal quando está associada a interesses estatais''.
Flávio Rassekh, representante da Comunidade Bahá'í do Brasil, era um dos participantes do evento. Da plenária, ele teve a oportunidade de comprovar aos participantes a veracidade e importância do tema apresentado pelos expositores, ressaltando que o relativismo cultural tem sido usado como pretexto paras as mais terríveis violações dos direitos humanos ao redor do mundo. Destacou-se ainda que esse é o maior e mais importante desafio do direito internacional no século XXI.
Veja aqui o release sobre o evento postado pelo jurista Aldir Guedes Soriano.
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