Em um ato surpreendente, no dia 28 de outubro de 2008, o Ministério de Doação Religiosa (Awqaf) fez um depoimento público no qual livrava os Bahá'ís do Egito de qualquer conexão ao Sionismo – acusações que foram anteriormente alegadas, sem qualquer prova, pelo mesmo Ministério.
Esse novo desenvolvimento foi publicado no site “Copts United” dois dias atrás. A visão independente da “Rede Muçulmana de Direitos dos Bahá'ís” forneceu um sumário traduzido do artigo em um de seus exemplares recentes. Abaixo segue um pouco do que Rede forneceu em sua recente edição:
Em um ato sem precedente que representa um desenvolvimento positivo na forma do Minsitério de Doação Religiosa lidar com a Comunidade Bahá'í egípcia, o Sheikh Salim Abdul Jaleel- o subsecretário da advocacia religiosa, deu a seguinte resposta a uma pergunta sobre as acusações do Minsitério de que os Bahá'ís egípcios apóiam o movimento Sionista:
Não há prova disponível que incrimine os bahá'ís do Egito de apoiarem o Sinismo. Mas eu geralmente digo que a existência de qualquer seita que segue uma fé que não é divinamente inspirada serve aos nossos inimigos. Porém, afirmar que a Fé Baha’i serve o Sionismo, que está relacionada a ele, que os seus movimentos são ditados por ele ou que a ele é ligada - são acusações que necessitam de evidência, que está sendo analisado pelas agências de Inteligência, e não eruditos Islâmicos.
Nós não somente aceitamos os pedidos por diálogo como também nós mesmos convidamos aqueles com quem discordamos a dialogar para chegar a uma idéia comum.
Previamete contudo, o Ministério de Doação que foi bastante vocal na sua posição em relação aos Bahá'ís como descrito em uma edição anterior, citou:
"(...) o Ministério da Doação Religiosa, encabeçado pelo Sr. Zaqzouq, acaba de instruir todas as mesquitas no Egito a lançar um ataque contra o Baha'is." Segundo o jornal Rose Al- Youssef, em anexo, publicou hoje, orgulhosamente, esta fresca notícia.
Em poucas palavras, o artigo afirma que o Ministério distribuiu a todos os líderes de Mesquita (Imames) um livro chamado "Baha'iy'ah e a posição do Islam," que tem como objetivo dizer a todos a acautelarem-se com os Bahá'ís pois eles querem os capturar e destruir o Islam durante esse processo.
O livro e o artigo repetem a falsidade habitual que foi propagada no Egito (e no Irã) sobre o Baha'is, que é: a habitual propaganda infundada sobre conexões ao Sionismo, etc..... Eles acusam o Baha'is de serem apóstatas e explica como o Xeique Al-Azhar, em 1947, lhes tinha classificado como tal e tinha declarado que os seus matrimônios fossem anulados e evitados. Ele até incita os egípcios "para avisar a sua juventude sobre os perigos de 'Baha'iy'ah' para que eles não se enamorem do seu por suas armadilhas."
Deve ser enfatizado que este desenvolvimento deve ser considerado como uma modificação muito significante na posição deste Ministério que, entre outras responsabilidades, é responsável por vigiar todas as mesquitas e instituições religiosas Islâmicas no país.
Isto também fala em nome de uma corrente emergente de compreensão e aceitação que parece refletir uma melhor apreciação de quem são verdadeiramente os Bahá'ís. O governo e as suas agências, bem como os numerosos membros proeminentes e os líderes da sociedade, parecem estar aprendendo a verdade sobre a Fé Bahá'í e o desejo dos bahá'ís egípcios como cidadãos obedientes e amigos da sua pátria, a juntar mãos com os seus companheiros egípcios na promoção da sua prosperidade coletiva.
Embora esta transição seja gradual e cautelosa, ela demonstra que as autoridades egípcias estão finalmente chegando à conclusão de que os Baha'is são de fato amigos de seu querido país e que as suas intenções são as de servir aos seus colegas cidadãos e promover a unidade e a harmonia onde quer que eles residam. É apenas natural que esta modificação gradual do coração esteja acontecendo ...e isso é devido ao curso ininterrupto dos bahá'ís do Egito na sua luta. Eles sempre responderam as agressões com dignidade, respeito e resignação, mesmo quando eles enfrentaram ataques viciosos sem precedente algum. Além disso, mantendo sua calma e dignidade, eles nunca hesitaram em refutar informações falsas da sua religião meios de comunicação e pelos elementos extremistas da sociedade.
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fonte: http://www.bahai-egypt.org/2008/10/egypt-drops-allegations-of-bahai-links.html#links
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