[TRADUÇÃO NÃO OFICIAL] - [TEXTO ORIGINAL]
27 maio de 2008
NOVA YORK, -
Os seis líderes Bahá'ís que foram presos há quase duas semanas, estão sendo mantidos incomunicáveis, sem acesso a advogados ou familiares, e os Bahá’ís da comunidade internacional estão cada vez mais preocupados com sua sorte.
"Embora relatórios iniciais indicassem que foram enviados à prisão Evin, a verdade é que não sabemos onde estão, e estamos extremamente preocupados", afirmou Bani Dugal, a principal representante da Comunidade Internacional Bahá’í junto das Nações Unidas.
"O que está claro é que nenhum direito fundamental está sendo respeitado. Eles não tiveram acesso a familiares ou advogados. Nós nem sabemos se eles se apresentaram diante de um juiz ou se foram acusados formalmente.”
"Tudo que nós sabemos é o que um porta-voz governamental disse na semana passada, que eles foram presos por "razões de segurança", uma acusação que é absolutamente sem base.”
"Apelamos à comunidade internacional, comissões de direitos humanos, e a pessoas de consciência, bem como a comunicação social a fim de prosseguir seus esforços no sentido de pressionar o governo iraniano para que os direitos dessas pessoas como prisioneiros sejam acolhidos e que lhes seja permitido o acesso a conselhos e a comunicação geral com o exterior - como um passo mínimo”, disse a Sra. Dugal.
Os seis, todos membros do grupo a nível nacional, que ajudava a ver as mínimas necessidades dos Bahá’ís do Irã, foram presos no dia 14 de maio de 2008, simultaneamente no início da manhã em uma ação semelhante às da década de 80, quando um certo número de Bahá’ís foram presos e executados. O sétimo membro do grupo coordenador nacional foi detido no início de março, em Mashhad, após ter sido convocado para comparecer no escritório do Ministério da Inteligência.
“O paradeiro de nenhum dos sete é conhecido”, disse a Sra. Dugal.
"Entendemos que os seis haviam sido levados para prisão Evin - a sétima restante em Mashhad - principalmente porque alguns dos agentes do governo que prenderam os seis no dia 14 tinham documentos indicando que os seis seriam enviados ao famigerado lugar”, disse ela.
"Contudo, tendo em conta o fato de que os parentes fizeram repetidas tentativas para obter mais informações sobre o destino dos sete, e em todos os casos foram atingidos com evasão e conflitantes histórias de funcionários do governo, temos de assumir que agora não sabemos onde estão - e que o nosso nível de preocupação para com seu destino é, ainda mais alto", disse a Sra. Dugal.
Os detidos no dia 14 maio foram: Sra. Fariba Kamalabadi, Sr. Jamaloddin Khanjani, o Sr. Afif Naeimi, Sr. Saeid Rezaie, Sr. Behrouz Tavakkoli, e Sr. Vahid Tizfahm. Todos vivem em Tehran.
A Sra. Mahvash Sabet foi detida em Mashhad no dia 5 de março, que também reside em Tehran. A Sra. Sabet foi convocada para Mashhad pelo Ministério da Inteligência, de forma ostensiva, com o argumento de que ela era obrigada a responder a perguntas relacionadas com o enterro de um indivíduo, no cemitério Baha'i daquela cidade.
Na semana passada, o porta-voz do governo iraniano, Gholam Hossein Elham deu uma coletiva de imprensa em que reconheceu a detenção e a prisão dos seis Bahá’ís. As reportagens citaram o Sr. Elham dizendo em 20 de maio, que os seis foram detidos por “questões de segurança” e não por causa de suas crenças religiosas.
Essas afirmações - a única declaração pública do governo sobre as sete detenções - foram imediatamente refutadas pela Sra. Dugal.
"O grupo de Baha'is detidos na semana passada, assim como os milhares de Baha'is que foram mortos, presos, ou de outras formas oprimidos, desde 1979, estão sendo perseguidos unicamente devido a suas crenças religiosas", disse Sra. Dugal em 21 de maio.
Um comentário:
Trata-se de uma questão preocupante e todas as vozes devem se levantar sobre o tema...
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