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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

"Preciso dizer que esta é uma gravíssima violação de direitos humanos"


O SR. POMPEO DE MATTOS (Bloco/PDT-RS. Pronuncia o seguinte discurso.)
Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, 
venho a esta tribuna destacar o trabalho de um religião mundial, independente, que possui suas próprias regras e escrituras sagradas, surgida na antiga Pérsia, atual Irã, em 1844. A chamada Fé Bahá'í não possui dogmas, rituais, clero ou sacerdócio.
A Comunidade Bahá'í tem aproximadamente 7 milhões de adeptos; é a segunda religião mais difundida no mundo, superada apenas pelo cristianismo, conforme afirma a Enciclopédia Britância. Os bahá'ís residem em 178 países, em praticamente todos os territórios e ilhas do globo.
A Comunidade Bahá'í, que está estabelecida no Brasil desde 1921, tem aqui um contingente de aproximadamente 57 mil pessoas. Tudo começou com a vinda da Sra. Leonora Holsapple Armstrong para o Brasil. A Sra. Armstrong faleceu na Bahia, em 1980, e desde aquele ano Assembléias Legislativas Estaduais e Câmaras Municipais de Vereadores de diversas capitais e cidades brasileiras a têm homenageado, concedendo seu nome a praças e logradouros públicos. Dentre essas citamos Manaus, Vitória, Natal, Rolândia, Londrina, Juiz de Fora.
Hoje os bahá'ís integram as mais diversas classes sociais, culturais e econômicas, residentes em aproximadamente 1.215 cidades e municípios brasileiros, em todas as regiões.
A Comunidade Bahá'í é reconhecida no Brasil por estabelecer projetos de desenvolvimento econômico e social em diversas regiões do País. 
Como Parlamentar e Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara dos Deputados, gostaria de expressar minha preocupação com prisões e perseguições impostas aos bahá'ís no Irã, onde muitos têm sido mantidos presos sem acesso a advogados, sem comunicação com suas famílias e sem que tenham qualquer acusação formal contra eles. Seu único "crime" é o de pertencer a uma religião não reconhecida pelo Estado iraniano. Essas pessoas presas são cidadãos iranianos que formam um grupo que tinha como responsabilidade cuidar dos interesses comunitários dos bahá'ís no Irã, que conta com mais de 300 mil seguidores. Eram responsáveis por coordenar as aulas de virtudes e reforço escolar para crianças, bem como reuniões de orações, funerais e outras atividades administrativas e de adoração.
Nobres colegas, já se passaram meses desde a prisão de um grupo, sem que se saiba em que condições estão sendo mantidos. E, agora, a informação que recebemos é de que eles teriam "confessado" ser espiões de Israel, organizados em um grupo anti-Islã e anti-Irã. Ora, pois essa é uma grande mentira! Quem conhece os bahá'ís sabe que eles não se envolvem em disputas políticas, sabe que eles são obedientes às leis nacionais sob as quais vivem. Tanto o é que aquele grupo de 7 bahá'ís atuava com o pleno conhecimento das autoridades iranianas, que desde 1979 baniu as instituições da Fé Bahá'í no Irã, assassinando seus membros eleitos naquele ano e em 1981.
Essas pessoas, presas no último 14 de maio, trabalhavam como voluntárias para ajudar seus correligionários e eram constantemente monitoradas em suas atividade. Mas nunca se negaram a prestar esclarecimentos sobre o que vinham fazendo. Mesmo assim, foram presas e estão correndo risco de vida pelo simples fato de pertencerem à Fé Bahá'í.
Como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias desta Casa, caros colegas Parlamentares, preciso dizer que esta é uma gravíssima violação de direitos humanos.
Sr. Presidente, o Governo brasileiro não pode ignorar ações violadoras como essas, provinda do Irã, que, como o Brasil, é signatário das convenções e tratados internacionais sobre direitos humanos.
De forma absurda, o Governo iraniano tem acusado os bahá'ís de trabalharem como espiões do Governo israelense como forma de justificar perante os muçulmanos o tratamento dispensado aos de Fé Bahá'í. Entretanto, o povo iraniano conhece os bahá'ís, os tem como vizinhos e amigos, e já não acredita mais na farsa que os seus governantes tentam lhes vender. Eles sabem que a ligação dos bahá'ís com Israel é muito mais antiga do que a própria existência de Israel como Estado, e se dá meramente pelo fato de o profeta-fundador de sua Fé ter morrido naquela região há mais de 150 anos, após ter sido exilado pelo Império Otomano, na cidade de Acre.
A iraniana e muçulmana Shirin Ebadi, Prêmio Nobel da Paz, foi uma das que se levantou para defender os bahá'ís do Irã. Em conseqüência, jornais iranianos acusam sua filha de se ter convertido do Islã para a Fé Bahá'í, ato considerado apostasia, sendo uma ofensa para o Governo Islãmico do Irã, o que resulta em pena de morte.
Shirin Ebadi declarou que tem orgulho de dizer que sua família é xiita, mas que no tribunal ela defenderá os bahá'ís.
Em maio deste ano, a União Européia declarou "séria preocupação acerca da contínua e sistemática discriminação e perturbação aos bahá'ís do Irã por causa de sua religião".
No último dia 1º de agosto, o Parlamento dos Estados Unidos condenou a perseguição aos bahá'ís no Irã, com 407 votos a favor e apenas 3 contra. Outras dezenas de países se manifestaram em defesa dos bahá'ís no Irã e espero realmente que o Brasil também se manifeste, pois o Governo do Irã está preparando o corredor da morte para os bahá'ís e para os de outras minorias e grupos vulneráveis.
Sr. Presidente, informo que a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados está enviando uma manifestação à Embaixada do Irã no Brasil, transmitindo nossa séria preocupação quanto ao destino daqueles bahá'ís encarcerados.

Muito obrigado.

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Pronunciamento proferido no Congresso Nacional Brasileiro no dia 19 de novembro de 2008, às 19h50.

Pelo fim da intolerância e na defesa dos direitos fundamentais da pessoa humana


O SR. CARLOS ABICALIL (PT-MT. Sem revisão do orador.)
Sr. Presidente, Deputado Manato, muito obrigado.
Prezados colegas, o meu pronunciamento de hoje tem 4 objetivos. O primeiro deles é saudar nosso companheiro Sérgio Mamberti (...)

(...)Aproveito, por fim, para manifestar minha solidariedade aos que confessam a Fé Bahá'í, particularmente no Irã, onde suas lideranças estão presas em condições desumanas.
Nas últimas décadas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Comunidade Bahá'í no Irã tem sido exposta a uma torrente de perseguições e diversas campanhas nacionais que difamam a imagem da religião que mais de 300 mil pessoas optaram por seguir naquele País.
Autoridades religiosas e governamentais, que têm sido sempre os investigadores da crueldade imposta às crianças, jovens e adultos da Comunidade Bahá'í, continuam a negar-lhes direitos outorgados por todas as nações defensoras dos direitos humanos.
O governo iraniano os proíbe de responder às calúnias que espalham sobre eles e suas crenças, ao mesmo tempo em que mantém clima de intimidação que severamente ameaça aqueles que se prontificam a ajudá-los.
Documentos secretos do Supremo Conselho Cultural Revolucionário, datados de 1991 e revelados em 1993 - que solicito que sejam anexados a este pronunciamento, juntamente com a manifestação da Secretaria Nacional de Assuntos Externos da Comunidade Bahá'í do Brasil - deixam clara a ação discriminatória contra a minoria Bahá'í, nas restrições tanto ao acesso à educação e ao emprego quanto às oportunidades econômicas e à liberdade de expressão de sua fé.
Em episódio mais recente, os 7 membros do grupo coordenador das atividades administrativas e comunitárias dos Bahá'ís foram presos em Teerã, sendo mantidos até hoje em condições desconhecidas, sem acesso a advogados, sem contato com suas famílias.
Esses indivíduos, que trabalham voluntariamente em atividades de culto, aulas de virtude para crianças, funerais e casamentos, agora são injustamente acusados de serem espiões de Israel, de atuarem contra o Irã e contra o Islã.
Mas este tipo de acusação infundada já não encontra ressonância nem no contexto nacional, muito menos no internacional. As pessoas que conhecem a Comunidade Bahá'í, sabem dos princípios que regem suas ações em favor do desenvolvimento humano e do seu compromisso espiritual com o não-partidarismo; observam sua coesão como comunidade religiosa presente em todas as regiões do mundo e sua atuação dedicada aos direitos humanos e à promoção da paz, inclusive no Brasil.
Por todos os lados, a ONU e autoridades de Estados nacionais têm-se levantado para defender a liberdade religiosa e os direitos humanos que estão sendo violados no Irã.
Naquele país, administradores escolares, professores, pais e alunos têm manifestado sua repulsa ao tratamento vergonhoso dado às crianças da Comunidade Bahá'í nas escolas; amigos e vizinhos têm-se recusado a permitir que funcionários do governo entrem ilegalmente em lares da Comunidade Bahá'í; estudantes universitários e professores têm particular e publicamente afirmado sua desaprovação às negativas injustificáveis de acesso de jovens estudantes da Comunidade Bahá'í às universidades; servidores públicos têm respondido com simpatia aos esforços que os Bahá'ís no Irã têm enviado para assegurarem seus direitos; jornalistas têm demonstrado frustração diante de sua incapacidade de publicar a verdade sobre a gritante violação de direitos dos Bahá'ís; e existem sinais de que membros esclarecidos do clero desejam que essa ação contra os Bahá'ís seja sustada.
Em diversas partes do mundo onde existe liberdade de expressão, como é o caso do Brasil, intelectuais e autoridades expressam repúdio e perplexidade pelo tratamento que está sendo imposto a grupos específicos, como é o caso das minorias religiosas.
Incontáveis pessoas da diáspora iraniana demonstram simpatia para com os Bahá'ís, exaltam a coragem daqueles que estão sendo reprimidos no Irã e buscam saber mais sobre os princípios que fortalecem suas vidas.
Os países tidos como defensores dos direitos universais têm-se levantado e desaprovado as ações do governo iraniano.
O apoio dos Parlamentares brasileiros é essencial para que autoridades brasileiras se manifestem contra qualquer tipo de discriminação religiosa e difamatória contra os Bahá'ís.
Os 60 mil Bahá'ís brasileiros contam, realmente, com a grande força social, política e institucional brasileira para garantir a sobrevivência de seus irmãos iranianos com dignidade, justiça e cidadania, como é de direito de todo ser humano.
Pelo fim da intolerância e na defesa dos direitos fundamentais da pessoa humana, expresso meu apelo para que a representação brasileira nos fóruns internacionais se posicione em favor desta causa.

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Pronunciamento proferido no Congresso Nacional Brasileiro no dia 19 de novembro de 2008, às 10h14.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Governança eficaz é tema de debate entre autoridades do país.


Brasília, 13 de novembro - A Comunidade Bahá'í do Brasil patrocinou um debate sobre governança que contou com a participação da Senadora Serys Slhessarenko/MT, do Secretário Municipal do Meio-Ambiente de São Paulo e ex-Deputado Federal, Eduardo Jorge, e a Secretária Executiva do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Sra. Suylan Medlej. O evento ocorreu em Brasília, na Sede Nacional Bahá'í.

O debate teve como base o documento "Um Arcabouço Conceitual para o avanço de Pesquisa e Conhecimento sobre Governança Eficaz", desenvolvido pelo Instituto de Estudos sobre Prosperidade Global, com sede em Nova Iorque, EUA. Os participantes discutiram o tema no marco da interdependência global, justiça e equidade, e o fideicomisso coletivo.

"É responsabilidade dos governantes criar espaços para a interação na diversidade, gerando consciência de unidade e interdependência", afirmou o Secretário Eduardo Jorge.

Outros assuntos relacionados ao tema de governança foram lembrados durante o debate, como a questão da política partidária. A Senadora Serys afirmou não acreditar neste sistema e muito menos na política familiar, pela qual parentes de políticos passam a assumir posições dentro do governo ao ocupar cargos de confiança.

Atualmente, a Comunidade Bahá'í do Brasil está desenvolvendo, com o apoio do Instituto de Estudos sobre a Prosperidade Global, um novo documento com as percepções brasileiras sobre governança.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Boletim de Assuntos Externos - Edição Especial sobre Perseguição aos Bahá'ís no Irã



Esta edição do Boletim de Assuntos Externos é dedicada ao tema das perseguições aos bahá'ís no Irã, cujo histórico vem desde o surgimento da Fé Bahá'í no final do século XIX e cruelmente permeia os dias de hoje.

Informações mais detalhadas podem ser acessadas (em inglês) no documento “The Bahá'í Question: Cultural Cleansing in Iran”, disponível para download em
http://news.bahai.org/documentlibrary/TheBahaiQuestion.pdf


Clique aqui para acessar o boletim!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Rejeição pela ONU da "moção de não-ação" iraniana é vitória para os direitos humanos, dizem os bahá'ís


24 de novembro de 2008

Brasília - A Comunidade Internacional Bahá'í comendou a Assembléia Geral das Nações Unidas por rejeitar sexta passada a "moção de não-ação" em direitos humanos no Irã. Tal moção, caso fosse aprovada, usaria das normas de procedimento para colocar de lado uma resolução que critica severamente a República Islãmica do Irã quanto ao uso de tortura, ao alto índice de execuções, à "violenta repressão" das mulheres e à "crescente discriminação" contra os bahá'ís, cristãos, judeus, sufis e muçulmanos sunitas, dentre outras minorias.

A referida resolução foi subsequentemente aprovada pelo Terceiro Comitê da Assembléia Geral, com um registro de votos de 70 a 51, com 60 abstenções - incluindo a do Brasil - numa segunda votação ocorrida no mesmo dia. A resolução será agora encaminhada para provação final pela Plenária da Assembléia Geral em meados de dezembro.

"Esta moção ofereceu aos governos uma maneira fácil de evadirem de sua responsabilidade em proteger os direitos humanos internacionais, e o fato de a terem rejeitado abre o caminho para uma ampla investigação dos abusos de direitos humanos no Irã", disse Iradj Eghrari, Secretário Nacional de Assuntos Externos da Comunidade Bahá'í do Brasil.

"A Assembléia Geral da ONU merece, portanto, elogios por ter rejeitado a moção, que foi patrocinada pelo Irã em um esforço óbvio para evadir a condenação internacional por seu deteriorante histórico de direitos humanos".

Infelizmente, o Brasil ainda manteve sua abstenção também do voto da moção. Nossa esperança é que moções desse tipo, que essencialmente usam um artifício procedimental para evitar uma discussão legítima de questões de direitos humanos, se tornarão agora algo do passado. Se isso ocorrer, representará uma vitória em favor dos direitos das pessoas em todos os cantos do planeta", reforçou Eghrari.

"Uma moção de não-ação é um procedimento que evita que os estados membros das Nações Unidas possam até mesmo debater uma resolução específica. Tem sido utilizado de forma cada vez mais frequente para permitir a alguns países que não se posicionem politicamente sobre questões sensíveis, e portanto que escapem do escrutínio", explica Eghrari.

"Utilizar moções procedimentais desta maneira dá a países inescrupulosos a chance de fechar os olhos para ações opressivas de um Estado membro, ao mesmo tempo em que fingem se importar com direitos humanos. A comunidade internacional não deve mais apoiar este tipo de uso.

Se a moção tivesse sido aprovada, teria sido uma afronta àqueles irianianos, particularmente dentro de sua terra natal, que tão bravamente têm-se pronunciado contra os abusos de seu governo. Cada vez mais advogados iranianos e ativistas de direitos humanos têm buscado garantir processos legais legítimos e defender os direitos de seus concidadãos, freqüentemente sob um risco considerável", disse Eghrari.

O fracasso da moção, por 81 votos a 71, com 28 abstenções (incluindo a do Brasil), abriu caminho para o Terceiro Comitê da Assembléia Geral, que trata de questões de direitos humanos, considerar a resolução sobre a situação dos direitos humanos no Irã. Esta votação se deu minutos depois.

A resolução foi apresentada pelo Canadá e, antes da votação, teve o apoio de mais de 40 países. Ela expressa "profunda preocupação com a contínua violação sistemática dos direitos humanos" no Irã, apontando especialmente para os recentes "casos confirmados" de tortura, "execuções públicas" e a "violenta repressão" a grupos tais como "mulheres exercendo seu direito de se reunir pacificamente".

A resolução também conclama a República Islãmica do Irã a "abordar as preocupações substantivas" em direitos humanos que foram reforçadas no relatório recente elaborado pelo Secretário-Geral Ban Ki-moon.

Publicado em outubro, o relatório do Sr. Ban afirmou que "há diversos e sérios impedimentos à completa proteção dos direitos humanos" no Irã. Tal relatório também expressou preocupações concernentes à tortura, execuções, aos direitos das mulheres e a discriminação contra as minorias. 
[Para ler o relatório completo, clique aqui

A resolução conclama ao Irã "cessar o assédio, intimidação e perseguição de oponentes políticos e defensores dos direitos humanos, incluindo a soltura de indivíduos presos arbitrariamente ou com base em suas visões políticas" e para "garantir processos legítimos de direitos legais e acabar com a impunidade para violações de direitos humanos".

A resolução indica particularmente ataques contra os bahá'ís, mencionando "evidente aumento nos esforços perpetrados pelo Estado em identificar e monitorar os bahá'ís, impedindo membros da Fé Bahá'í de freqüentar universidades, de sustentarem-se economicamente, e a prisão e detenção de sete lideranças bahá'ís sem acusação ou acesso a representação legal.

Eghrari menciona que há pelo menos 20 bahá'ís atualmente na prisão, incluindo a liderança nacional Bahá'í, cujos sete membros foram detidos em março e maio deste ano e estão sendo mantidos na prisão de Evin sem acusação. Mais de 100 outros foram presos e liberados sob fiança ao longo dos últimos quatro anos como parte de um esforço avançado de perseguição governamental.

[Veja a repercussão internacional clicando aqui.]

Comemoração da Semana da Consciência Negra reune representantes de 13 religiões em Jundiaí/SP

Por ocasião das comemorações da Semana da Consciência Negra, o Conselho da Comunidade Negra da Prefeitura de Jundiaí, São Paulo, havia programado uma missa para a abertura das festividades, no dia 18 de novembro de 2008. Por sugestão da Comunidade Bahá'í de Jundiaí, entretanto, decidiu que as celebrações se iniciassem com um ato ecumênico. A partir disto o representante da Prefeitura de Jundiaí no Conselho, Dr. Miguel Potenza, assumiu a coordenação dos trabalhos e convocou os representantes de 15 religiões. Os 13 representantes que aceitaram o convite passaram a se reunir para organizar, em consulta, a participação de cada religião e programação em detalhes do ato Inter-Religioso. FOram realizadas 4 reuniões, em clima de perfeita harmonia, oportunidade em que representantes da Comunidade Bahá'í conviveram com os representantes das demais religiões, trocaram endereços e estabeleceram laços de amizade.

A TV TEM, afiliada da TV Globo na região, cobriu a organização e o evento divulgando-os em horário nobre. Participaram do evento representantes das seguintes religiões: Candomblé, Fé Bahá'í, happy Science, Igreja Católica Apostólica Brasileira, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Messiânica, Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana Unida, Legião da Boa Vontade, Seicho-no-ie, Tenrykio, Umbanda e União das Sociedades Espíritas.

Compareceram ao evento as seguintes autoridades: Vereadora Marilena Negro, que propôs e teve aprovado projeto de cotas de 20% de Afro-descendentes nos concursos públicos da prefeitura de Jundiaí; o Prefeito da Cidade, Sr. Ari Fonsen; o Cônsul Geral da África do Sul, Sr. Yussif Omar; e o Cônsul para Assuntos Políticos da África do Sul, Sr. Modiba Isaac Shoshane.


Membros da Comunidade Bahá'í de Jundiaí e Prefeito da Cidade


Membros da Comunidade Bahá'í de Jundiaí 
juntamente com o Cônsul da África do Sul

A convite da Presidente do Clube 28 de Setembro, local onde se deu o evento, a jovem Munirih Pereira, da Comunidade Bahá'í de Jundiaí atuou como intérprete do Prefeito e do Cônsul. É importante destacar que o Clube 28 de Setembro é o terceiro mais antigo Clube de Negros do Brasil, fundado logo após a abolição da escravatura.


Membros da Comunidade Bahá'í de Jundiaí 
acompanhados do Presidente do Clube 28 de Setembro

Participaram do evento cerca de 200 pessoas. Todos, em silêncio e profundo respeito e atenção, ouviram uma oração de 'Abdu'l-Bahá que clama pela unidade das religiões, feita pela coordenadora da Assembléia Espiritual Local dos Bahá'ís de Jundiaí, e uma bela oração entoada em Farsi.

Convidados da Comunidade Bahá'í

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O brasileiro Cançado Trindade é eleito para Corte Internacional de Justiça (CIJ)

"No último dia 05 de novembro foi anunciada publicamente a eleição do jurista brasileiro Antônio Augusto Cançado Trindade para a Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. O Chanceler brasileiro, Celso Amorim, comemorou o resultado da eleição - Amorim vinha coordenando uma campanha a nível internacional para que Cançado Trindade assumisse uma das quize vagas dentro da Corte."

De acordo com nota oficial do Itamaraty, o jurista e também professor da Universidade de Brasília contou com o apoio de 163 membros da Assembléia Geral das Nações Unidas e de 14 membros do Conselho de Segurança da ONU. Cançado Trindade assume o cargo de Juiz da Corte Internacional de Justiça em 2009, com mandato de nove anos.

Antonio Augusto Cançado Trindade é professor de Direito Internacional Público na Universidade de Brasília (UnB) e no Instituto Rio Branco e membro da Academia de Direito Internacional da Haia. Também é titular do Instituto de Direito Internacional, na Bélgica. Em 1998, recebeu da Comunidade Bahá'í do Brasil o Prêmio Cidadania Mundial.

A Comunidade Bahá'í do Brasil expressa sua satisfação e alegria pela referida eleição, na certeza de que a atuação de Cançado Trindade na Corte contribuirá para o triunfo da justiça nas sociedades humanas.
"O impulso na direção da criação de sociedades justas tem sido uma das forças fundamentais da História e, sem dúvida, nenhuma civilização mundial duradoura pode ser estabelecida, a menos que esteja firmemente enraizada no princípio da justiça."
(Extraído do documento Momento Decisivo para Todas as Nações, Declaração da Comunidade Internacional Bahá'í por ocasião do qüinquagésimo aniversário da Organização das Nações Unidas)
Clique aqui para fazer o download do documento. (pdf  de 200kb)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Em homenagem aos bahá’ís perseguidos no Irã descendente de laranjeira histórica é plantada no Ibirapuera

Brasília, 10/11/2008

Foi plantada no Parque Ibirapuera de São Paulo uma muda descendente de uma laranjeira da casa do profeta precursor da Fé Bahá’í, o Báb. A casa do Báb em Shiraz, Irã, era um lugar de extrema importância histórica para os bahá’ís de todo o mundo, e foi destruída em 1979 pelas autoridades revolucionárias islâmicas como parte de um plano do governo para exterminar a religião do país.

O evento contou com a participação do Secretário Municipal de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Jorge, alunos da Umapaz, e membros da comunidade bahá’í. 

O Secretário Municipal fez um elogio aos princípios de amor e unidade do gênero humano promovidos pela Fé Bahá’í, e agradeceu aos iranianos que vieram ao Brasil trazer essa mensagem e maravilhosa “semente”.

Azm Rassekh, um bahá’í de São Paulo, comenta que uma oração foi feita por todos aqueles que sofrem perseguição em razão de suas crenças religiosas, em especial os bahá’ís do Irã.

Outras descendentes da laranjeira da casa do Báb estão espalhadas pelo mundo, e vale a pena destacar duas delas que foram plantadas na cidade de Haifa, Israel. Elas ornamentam os belos jardins dos arredores do Santuário do Báb, onde o profeta se encontra sepultado, sendo local de peregrinação e visita de milhares de pessoas. 

Para fotos e informações visite http://terraces.bahai.org

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Campanha: HOMENS unidos pelo fim da violência contra as MULHERES

A violência contra as mulheres constitui uma violação dos direitos humanos e se funda nas desigualdades de gênero e em uma cultura sexista, que impede às mulheres o acesso e o exercício pleno da cidadania. Portanto, o fim da violência contra as mulheres deve ser um compromisso de toda a sociedade, incluindo também os homens em manifestações e ações públicas por esta causa.

Associada à Campanha Mundial do Secretário Geral da ONU e à Campanha do Laço Branco, a campanha brasileira "Homens Unidos pelo Fim da Violência contra as Mulheres", visa o engajamento de homens em prol de uma sociedade mais justa e igualitária, fundada em princípios e tratados internacionais relativos aos direitos das mulheres.

Os homens abaixo-assinados se comprometem publicamente em contribuir para a implementação integral da Lei Maria da Penha e pela efetivação de políticas públicas que visam o fim de qualquer forma de violência contra as mulheres.

[texto retirado do site oficial da campanha]
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A Secretaria Nacional para Assuntos Externos da Comunidade Bahá'í do Brasil, encoraja nossos amigos e leitores a apoiar esta causa que luta pela melhora do mundo e pela garantia dos direitos humanos.

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"A emancipação da mulher - a concretização da plena igualdade entre os sexos - é um dos requisitos mais importantes, embora dos menos reconhecidos, para o estabelecimento da paz. A negação dessa igualdade comete injustiça contra metade da população do mundo e promove entre os homens atitudes e hábitos nocivos que são transportados do ambiente familiar para o local de trabalho, para a vida política e, em última análise, para a esfera das relações internacionais. Não há fundamento algum - quer de natureza moral, quer prática ou biológica - que justifique essa privação. Só quando as mulheres forem bem recebidas em todos os campos da atividade humana em condições de igualdade é que se criará o clima moral e psicológico do qual poderá emergir a paz internacional."
(pág.14, A Promessa da Paz Mundial - Declaração da Casa Universal de Justiça aos Povos do Mundo)

Egito abandona alegações de ligação dos Bahá'ís com o Zionismo

Em um ato surpreendente, no dia 28 de outubro de 2008, o Ministério de Doação Religiosa (Awqaf) fez um depoimento público no qual livrava os Bahá'ís do Egito de qualquer conexão ao Sionismo – acusações que foram anteriormente alegadas, sem qualquer prova, pelo mesmo Ministério.

Esse novo desenvolvimento foi publicado no site “Copts United” dois dias atrás. A visão independente da “Rede Muçulmana de Direitos dos Bahá'ís” forneceu um sumário traduzido do artigo em um de seus exemplares recentes. Abaixo segue um pouco do que Rede forneceu em sua recente edição:

Em um ato sem precedente que representa um desenvolvimento positivo na forma do Minsitério de Doação Religiosa lidar com a Comunidade Bahá'í egípcia, o Sheikh Salim Abdul Jaleel- o subsecretário  da advocacia religiosa, deu a seguinte resposta a uma pergunta sobre as acusações do Minsitério de que os Bahá'ís egípcios apóiam o movimento Sionista:

Não há prova disponível que incrimine os bahá'ís do Egito de apoiarem o Sinismo. Mas eu geralmente digo que a existência de qualquer seita que segue uma fé que não é divinamente inspirada serve aos nossos inimigos. Porém,  afirmar que a Fé Baha’i serve o Sionismo, que está relacionada a ele, que os seus movimentos são ditados por ele ou que a ele é ligada - são acusações que necessitam de evidência, que está sendo analisado pelas agências de Inteligência, e não eruditos Islâmicos.

Nós não somente aceitamos os pedidos por diálogo como também nós mesmos convidamos aqueles com quem discordamos a dialogar para chegar a  uma idéia comum.

Previamete contudo, o Ministério de Doação que foi bastante vocal na sua posição em relação aos Bahá'ís  como descrito em uma edição anterior, citou:

"(...) o Ministério da Doação Religiosa, encabeçado pelo Sr. Zaqzouq, acaba de instruir todas as mesquitas no Egito a lançar um ataque contra o Baha'is." Segundo o jornal Rose Al- Youssef, em anexo, publicou hoje, orgulhosamente, esta  fresca notícia.

Em poucas palavras, o artigo afirma que o Ministério distribuiu a todos os líderes de Mesquita (Imames) um livro chamado "Baha'iy'ah e a posição do Islam," que tem como objetivo dizer a todos a acautelarem-se com os Bahá'ís pois eles querem os capturar e destruir o Islam durante esse processo.

O livro e o artigo repetem a falsidade habitual que foi propagada no Egito (e no Irã) sobre o Baha'is, que é: a habitual propaganda infundada sobre conexões ao Sionismo, etc..... Eles acusam o Baha'is de serem apóstatas e explica como o Xeique Al-Azhar, em 1947, lhes tinha classificado como tal e tinha declarado que os seus matrimônios fossem anulados e evitados. Ele até incita os egípcios  "para avisar a sua juventude sobre os perigos de 'Baha'iy'ah' para que eles não se enamorem do seu por suas armadilhas."

Deve ser enfatizado que este desenvolvimento deve ser considerado como uma modificação muito significante na posição deste Ministério que, entre outras responsabilidades, é responsável por vigiar todas as mesquitas e instituições religiosas Islâmicas no país.

Isto também fala em nome de uma corrente emergente de compreensão e aceitação que parece refletir uma melhor apreciação de quem são verdadeiramente os Bahá'ís. O governo e as suas agências, bem como os numerosos membros proeminentes e os líderes da sociedade, parecem estar aprendendo a verdade sobre a Fé Bahá'í e o desejo dos bahá'ís egípcios como cidadãos obedientes e amigos da sua pátria, a juntar mãos com os seus companheiros egípcios  na promoção da sua prosperidade coletiva.

Embora esta transição seja gradual e cautelosa, ela demonstra que as autoridades egípcias  estão finalmente chegando à conclusão de que os Baha'is são de fato amigos de seu querido país e que as suas intenções são as de servir aos seus colegas cidadãos e promover a unidade e a harmonia onde quer que eles residam. É apenas natural que esta modificação gradual do coração esteja acontecendo ...e isso é devido ao curso ininterrupto dos bahá'ís do Egito na sua luta. Eles sempre responderam as agressões com dignidade, respeito e resignação, mesmo quando eles enfrentaram ataques viciosos sem precedente algum. Além disso, mantendo  sua calma e dignidade, eles nunca hesitaram em refutar informações falsas da sua religião meios de comunicação e pelos elementos extremistas da sociedade.

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fonte: http://www.bahai-egypt.org/2008/10/egypt-drops-allegations-of-bahai-links.html#links

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

RELIGIOUS MINORITIES CONTINUE TO SUFFER IN MANY COUNTRIES, UN EXPERT SAYS...

New York, Oct 23 2008  4:10PM

Religious minorities in different parts of the world continue to be persecuted and discriminated against based on their beliefs, with some living in "perpetual threat," according to an independent United Nations expert, who added that the problem is prevalent across a wide range of countries.

"At national levels, I see that religious minorities continue to suffer, and the more despotic a regime, the more suffering of religious minorities," Asma Jahangir, Special Rapporteur on the freedom of religion or belief, said in an interview with the UN News Centre.

At the same time, she pointed out that violations of this basic human right – which manifest themselves in, among others, not being allowed to gather together for worship, desecration of religious sites, and being prevented from making pilgrimages – do not just occur in countries with certain types of political systems.

"One would have imagined that such incidents only take place in countries which have been unfortunately left behind, where political systems and social values have remained stunted," she stated. "But these also take place in countries which have very good democratic credentials and which have progressed both socially and politically."

In more multicultural and diverse societies, tensions can be expected to arise, she noted. "But the kind of animosity that one sees is inhuman. And the way we have received reports of how people kill each other in the name of religion and the manner in which that killing is done… shows the venom people have towards each other simply because of difference of religion or belief," she added. "And I think that really is very frightening."

One example of this is India, which, with its multitude of cultures, languages and religions, "oozes" diversity, she said, noting that the country is a vibrant democracy and has many people who are committed to secularism.

"And yet some of the worst forms of killings have taken place there," said Ms. Jahangir, referring to the communal tensions and violence that the South Asian nation has witnessed over the years.

The Special Rapporteur added that violations are perpetrated not just by individuals or groups but also by States themselves.

"There are still States that heavily discriminate… that persecute religious minorities. And these minorities live in perpetual threat," said Ms. Jahangir, who continues to receive reports of arrests, torture and intimidation by "States and their agents."

The groups that she receives reports about include the Baha'is in Iran, Buddhists in Tibet and Ahmadis – a religious group that identifies itself as Muslim – in a number of countries.

An important related issue, and one which Ms. Jahangir highlighted yesterday in her speech to the General Assembly's third committee (social, humanitarian and cultural), is the compulsory mentioning of one's religion on official identity cards or passports, which she stressed carries a serious risk of abuse.

"I don't think there is any reason to indicate religion on identity cards or passports," she reiterated today. "But there can be a situation where, for the purposes of governance and for the purposes of giving affirmative action, like in India and Pakistan, people have to identify their religions, or for census purposes.

"Now that might be necessary, but it's not necessary for them to always carry this passport or identity card that shows their religion," she added.

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II Reunião Preparatória para a Conferência de Avaliação do Plano de Ação de Durban

Fonte: http://www.irohin.org.br/onl/new.php?sec=news&id=3726

Sociedade civil deixa Genebra temendo retrocesso nas conquistas de 2001

Ana Flávia Magalhães Pinto*

Dez dias de reuniões não foram suficientes para os representantes dos governos reunidos no Palais des Nations chegarem a um consenso sobre o documento que orientará os trabalhos da Conferência de Avaliação da Implementação da Declaração e do Plano de Ação de Durban, prevista para os dias 20 a 24 de abril de 2009, em Genebra, Suíça. Somente 40% do conteúdo do texto-base foi debatido. Realizada entre 6 e 17 de outubro, também em Genebra, esta segunda edição da Reunião Preparatória (PrepCom) seguiu ordem e ritmo muito semelhantes aos da primeira edição, ocorrida entre 21 de abril e 3 de março, no mesmo local. 

Os atrasos de horário parecem constar no rol dos costumes, mas não explicam todo o problema. A baixa produtividade no cumprimento da agenda foi, novamente, gerada pelos extensos debates sobre os pedidos de credenciamento de ONGs não participantes da III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas; pedidos de explicação sobre pontos anteriormente acordados nos documentos da III Conferência; reiterações sobre os procedimentos burocráticos básicos a serem seguidos antes e durante a Conferência; bem como pelos desacordos e embates sobre pontos relativos a orientação sexual, direitos sexuais, reparações, questões religiosas e de migração. No dia 8, por exemplo, o governo egípcio considerou necessário pedir recapitulação do conceito de racismo a ser empregado na Conferência de 2009, haja vista que haveria apenas uma ocorrência do termo na atual versão do documento.

Dirigida, sobretudo, para afinar o diálogo entre os representantes dos 192 Estados membros da ONU, a segunda reunião contou ainda com a participação de ONGs de vários países. O governo brasileiro foi representado pela conselheira Márcia Adorno, chefe da Divisão de Direitos Humanos do Itamaraty; Márcia Canário, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir); e Bruna Vieira de Paula, do Ministério das Relações Exteriores. Por sua vez, a sociedade civil brasileira se fez presente, a princípio, por meio dos integrantes de três ONGs: Lúcia Xavier e Jurema Werneck (Criola), Nilza Iraci e Rodnei Jericó (Geledés) e Iradj Eghrari (Bahá´í/Ágere).

Seja como for, é preciso atentar para um detalhe importante: ter a presença da sociedade civil não é o mesmo que garantir idêntico espaço de intervenção dos representantes governamentais. De acordo com as regras, sendo a ONU um parlamento de Estados, a sociedade civil tem participação limitada e controlada. Porém, a não-abertura para que as ONGs se pronunciassem nos momentos e pelo tempo já liberados, de 50 minutos após cada sessão de debates e conteúdos, foi motivo de polêmica. Após isso, as ONGs puderam fazer seus comentários na seqüência da leitura dos capítulos do documento-base. Diante dessa restrição, uma saída foi tentar o convencimento dos membros dos governos: “O que temos feito é falar diretamente com as representantes do governo, na tentativa de garantir que não haverá retrocessos” – comentou Jurema Werneck.

Várias outras ativistas se mostraram bastante preocupadas com essa pequena margem de ação da sociedade civil no contexto da Conferência de Avaliação e das Nações Unidas, na medida em que vêm de processos de resistência e/ou lentidão de seus respectivos Estados diante dos compromissos assumidos na Conferência de Durban. Como observou Sergia Galvan, do Coletivo Mulher e Saúde da República Dominicana e da Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Caribenhas: “A falta de compromisso político dos Estados frente ao processo de revisão de Durban pode ser percebida de diferentes âmbitos. Apesar das recomendações para que fossem empreendidos processos nacionais, regionais e internacionais, apenas África e América Latina e Caribe realizaram conferências de avaliação. Ainda não existe um documento único que sirva de base para as negociações”. Ao mesmo tempo, alguns governos têm demonstrado a tendência de não financiar adequadamente o processo, recusando-se até mesmo a patrocinar a participação da sociedade civil.

Na avaliação apresentada pela Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Caribenhas, da qual fazem parte as ONGs brasileiras Criola e Geledés, alguns países se destacaram com “participações bastante progressistas”, como: África do Sul, Chile, Reino Unido, França, Argentina, México, Argélia, Brasil, Suíça, ratificando os consensos alcançados nas conferências regionais da América Latina e Caribe e da África. Outros como Egito, Síria e Irã “adotaram posições mais conservadoras”.

Os últimos momentos do II PrepCom foram marcados por esforços das ONGs para manter na versão preliminar do texto-base conquistas já garantidas nos documentos de Durban, sobretudo, a permanência da orientação sexual e da migração como fatores de discriminação agravada. Uma vez que o documento não foi finalizado, decidiu-se pela realização da terceira Reunião Preparatória em janeiro de 2009. No âmbito da sociedade civil, persiste o intuito de algumas organizações para realizar o Fórum de ONGs, antes da Conferência de abril. As organizações, no entanto, vivem um impasse, pois, de um lado, não há consenso sobre a realização do evento e, de outro, ainda não foi criado um comitê que tenha legitimidade e seja responsável pela organização do Fórum. As organizações do Brasil e da América Latina estão em entendimentos para definir sua participação na possível iniciativa.

Credenciamento de ABGLT – Durante o II PrepCom, a delegação brasileira solicitou o registro da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), rede que reúne 203 organizações em todo o país. Porém, um grupo de países islâmicos, liderado por Irã, Egito, Líbia e Argélia, com o apoio dos EUA e do Vaticano, defendeu a negação do credenciamento, sob os argumentos de o homossexualismo ser considerado crime em mais de 86 países e se tratar de uma prática que deve ser punida segundo o Alcorão. Após uma rodada de negociação entre o Itamaraty e os representantes de países islâmicos, a solução encontrada foi acatar o registro da organização na PrepCom desde que esta não toque no assunto da discriminação contra homossexuais durante a próxima reunião e a Conferência de Avaliação. 

Jurema Werneck avalia que: “Esta condicionalidade absurda indica o quanto devemos ainda lutar, não apenas as organizações LGBTT, para que o direito à expressão de suas idéias seja um direito de todas e todos, independentemente da orientação sexual, raça, identidade de gênero ou o que seja. Acredito que devemos buscar garantir, de diferentes formas, a presença na Suíça de um grupo de representantes LGBTT, e não apenas a ABGLT, para que possamos expressar, de formar contundente, nosso repúdio a toda forma de discriminação. É preciso, portanto, que mais organizações deste movimento social se mobilizem para atuar neste processo”.

Panorama – Em 2001, apesar da estreita relação com o evento, o atentado do 11 de setembro nos Estados Unidos acabou roubando as atenções internacionais das discussões e dos embates que acabavam de ocorrer na III Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerâncias Correlatas, em Durban, África do Sul. No momento em que o tráfico transatlântico e a escravidão de africanos e seus descendentes eram reconhecidos como crime de lesa humanidade pela Organização das Nações Unidas (ONU), os aproveitamentos da intensa cobertura midiática sobre o atentado por pouco não foram suficientes para varrer para debaixo do tapete uma das questões centrais para a superação das desigualdades não apenas nos continentes africano, americano e europeu, mas no restante do globo. Tal como defendido em Durban, o sistema escravista nas Américas tanto fortaleceu o desenvolvimento do racismo e da discriminação racial quanto está entre as grandes causas geradoras das iniqüidades que comprometem o pelo exercício da cidadania de milhões de pessoas.

Passados cinco anos desde a Conferência de Durban, a ONU convocou seus Estados membros para a Conferência de Avaliação da Implementação da Declaração e do Plano de Ação, a ser precedida por conferências nacionais e regionais. Em junho deste ano, realizou-se em Brasília a Conferência Regional das Américas e Caribe, com participação de 25 países e 120 ONGs. A Conferência Regional Africana ocorreu em Abuja, Nigéria, em agosto. Os documentos resultantes destas duas Conferências formaram a base do documento debatido em Genebra. Na opinião dos representantes da sociedade civil brasileira, a realização dessas conferências foi uma sinalização de que as duas regiões, América Latina e África, mantêm seu compromisso com os acordos de Durban.

As ações desenvolvidas estão orientadas para o cumprimento dos quatro objetivos definidos pelo Comitê Preparatório para a Conferência de Avaliação, apresentados em agosto de 2007:

  • Analisar os progressos e avaliar a implementação da Declaração e do Programa de Ação de Durban por todas as partes interessadas em níveis nacional, regional e internacional, incluindo a avaliação de manifestações contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatas, por meio de um inclusivo, transparente e colaborativo processo, e identificar medidas e iniciativas concretas para combater e eliminar todas as manifestações de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata, a fim de incentivar a implementação da Declaração de Durban e do Programa de Ação;
  • Avaliar a eficácia dos mecanismos de acompanhamentos estabelecidos em Durban e de outros mecanismos relevantes das Nações Unidas que abordam a questão do racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância conexa, a fim de melhorá-los;
  • Promover a ratificação universal e a aplicação da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial e avaliação adequada das recomendações do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial;
  • Identificar e compartilhar boas práticas desenvolvidas na luta contra o racismo, a discriminação racial, xenofobia e intolerâncias correlatas.

*Jornalista do Ìrohìn, mestre em História (UnB)

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